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Produção de tabaco deve repetir volume da última safra, estimam entidades do setor

Publicada em: 13/11/2025 15:35 -

Após a solenidade de abertura da Colheita do Tabaco Safra 2025/2026, realizada na última sexta-feira, 07, no Parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, município de Rio Pardo, a cadeia produtiva do tabaco mantém a análise das projeções para o novo ciclo agrícola. O evento marcou o início simbólico das atividades de colheita e reuniu produtores, representantes de entidades e autoridades ligadas ao setor. A expectativa geral é de que a nova safra alcance números semelhantes aos do ciclo anterior, consolidando a estabilidade produtiva e econômica da cultura na região Sul do país.

A safra 2024/2025 encerrou com produção de 719.891 toneladas de tabaco, representando uma das maiores colheitas da última década. A receita bruta totalizou R$ 14,57 bilhões, com crescimento de 23,7% em relação ao período anterior. O desempenho positivo foi impulsionado por bons preços, produtividade equilibrada e condições climáticas favoráveis em grande parte das áreas produtoras. Do montante total, o Rio Grande do Sul respondeu por R$ 6,2 bilhões (+17,9%), Santa Catarina alcançou R$ 4,59 bilhões (+33%) e o Paraná obteve R$ 3,77 bilhões (+23,2%), confirmando a força dos três estados que lideram a produção nacional.

O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Drescher, destaca que o início da colheita ocorre de forma gradual, com diferenças no calendário entre as regiões produtoras. “É o início da colheita, principalmente na região central dos Vales, enquanto em outras áreas o plantio ainda é mais tardio. Ainda não temos uma estimativa precisa, mas esperamos um clima favorável para garantir uma boa produtividade”, afirmou. Segundo Drescher, pequenos episódios climáticos pontuais já afetaram determinadas áreas, mas não comprometem o resultado geral. “Acreditamos em uma safra normal, equilibrada em mercado e com qualidade, o que assegura renda para milhares de famílias produtoras”, completou.

O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, reforçou o otimismo em relação à nova safra. Segundo ele, as primeiras avaliações indicam que o setor deve repetir os números alcançados no ciclo anterior, tanto em volume quanto em qualidade. “Ainda é cedo para números exatos, mas os dados das empresas associadas e da Afubra apontam que deveremos repetir os resultados da safra passada, talvez até com leve aumento na área plantada”, observou.

Thesing também ressaltou que o desempenho da nova safra dependerá, em grande parte, das condições climáticas nos próximos meses. “Temos ainda novembro, dezembro e janeiro, que são decisivos para o desenvolvimento da cultura. Se o clima se mantiver estável, deveremos ter novamente uma produção próxima de 720 mil toneladas, com qualidade que atende às exigências do mercado internacional”, avaliou.

Além da expectativa de bons resultados, a colheita do tabaco também representa um importante momento social e econômico para as comunidades rurais. Estima-se que mais de 120 mil famílias dependam diretamente da fumicultura no Sul do Brasil, gerando renda e movimentando a economia de centenas de municípios. A cultura é reconhecida como uma das mais estruturadas do agronegócio brasileiro, com forte presença no comércio exterior.

O Brasil mantém-se há três décadas como o maior exportador mundial de tabaco em folhas, atendendo mais de 100 países. Com o início oficial da colheita, as atenções se voltam agora para o comportamento do clima e a evolução da qualidade das folhas, fatores que serão determinantes para confirmar as previsões otimistas do setor. A Afubra e o SindiTabaco devem divulgar, nas próximas semanas, os primeiros levantamentos de acompanhamento da safra 2025/2026, consolidando dados de produtividade e área cultivada.

Fonte e foto: Olá Jornal 

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