A cultura do tabaco figura entre as principais áreas irrigadas do Rio Grande do Sul na safra 2024/25. Segundo levantamento oficial, são 2.372 hectares irrigados, o que corresponde a 1,5% da área total cultivada com o produto no Estado. De acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), o Rio Grande do Sul plantou 117 mil hectares de tabaco nesta safra, o que evidencia que o uso da tecnologia ainda é incipiente, mas representa um passo estratégico para garantir maior estabilidade da produção em períodos de instabilidade climática.

O arroz segue como líder em área irrigada, com quase 969 mil hectares, praticamente toda a produção gaúcha. Na sequência aparecem a soja, com 242 mil hectares irrigados (3,6% do total), e o milho grão, com 117 mil hectares (16,3%). Outras culturas como feijão (2ª safra), milho silagem e tabaco também começam a incorporar o uso da irrigação.

Para estimular a expansão, o Governo do Estado mantém o programa Irriga+ RS, que já garantiu subsídio de 20% sobre o valor do investimento, limitado a R$ 100 mil por projeto, nas duas primeiras etapas. Até julho de 2025, mais de 1.400 projetos haviam sido recebidos, somando 26 mil hectares de novas áreas irrigadas, com investimentos privados de mais de R$ 460 milhões.

A terceira fase do programa deve ser lançada entre setembro e outubro, ampliando o teto de incentivo para R$ 150 mil por projeto. A expectativa é de que culturas como o tabaco, tradicionalmente dependente do regime de chuvas, ampliem o uso da irrigação e assegurem maior estabilidade na produção.

Fonte e foto: Olá Jornal