As exportações brasileiras de tabaco apresentaram um desempenho expressivo no primeiro quadrimestre de 2025, alcançando o maior valor médio por quilo dos últimos dez anos. Entre janeiro e abril, o preço médio pago pelo produto no mercado internacional foi de US$ 6,80/kg, representando um crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período de 2024 (US$ 6,06/kg) e um salto de 124% quando comparado ao valor de 2021 (US$ 3,03/kg). A elevação no preço está ligada à alta do dólar.
Segundo dados do Comex Stat, o Brasil exportou 133,48 mil toneladas de tabaco entre janeiro e abril de 2025, gerando uma receita de US$ 907,6 milhões. A China liderou o ranking dos países importadores, com 33,3 mil toneladas adquiridas e um total de US$ 324,2 milhões, a um valor médio de US$ 9,72/kg, acima da média geral. Já a Alemanha, embora tenha importado apenas 2,35 mil toneladas, pagou o maior valor por quilo entre todos os países: US$ 11,00/kg.
Nos últimos dez anos, o preço médio por quilo do tabaco exportado pelo Brasil apresentou oscilações significativas. Em 2015, o valor era de US$ 4,60/kg, caindo gradualmente até atingir o piso da década em 2021, com US$ 3,03/kg. Desde então, o setor vive uma trajetória de recuperação e valorização. O crescimento foi acelerado especialmente a partir de 2022, quando o preço subiu para US$ 3,45/kg, e seguiu em forte alta em 2023 (US$ 5,48/kg) e 2024 (US$ 6,06/kg), culminando nos US$ 6,80/kg atuais.
Esse aumento consistente reflete uma revalorização da commodity brasileira no mercado internacional, impulsionada por uma série de fatores. Entre eles, destaca-se a demanda crescente em países asiáticos e do Oriente Médio, que vêm ampliando sua participação nas compras. Além disso, a busca por tabacos de alta qualidade, com maior valor agregado, tem elevado o ticket médio das transações. Outro fator relevante é a valorização do dólar, frente ao real, que impacta diretamente os preços, elevando o retorno financeiro das exportações em todos os setores da economia brasileira. Em 2025, o valor médio por quilo em reais foi de R$ 40,05, também o maior da década.
Entre os destaques do período, além da China e da Alemanha, estão países como Vietnã e Colômbia, que também pagaram valores superiores a US$ 8,00/kg.
Bélgica e Estados Unidos mantiveram-se entre os maiores compradores em volume, reforçando a importância estratégica desses mercados para o tabaco brasileiro.
A expectativa é que o desempenho continue positivo ao longo de 2025, com o país reafirmando sua posição de liderança global nesse segmento agrícola. A projeção do SindiTabaco é de alcançar os US$ 3 bilhões em exportações com produtos de tabaco ao longo do ano.
Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa SindiTabaco
Fonte: Assessoria de Imprensa SindiTabaco/ Olá Jornal