Foto: Divulgação/SindiTabaco
As exportações
brasileiras de tabaco em 2024 mostraram um crescimento significativo nos
valores de venda em relação ao ano anterior, com destaque para a China, Estados
Unidos e Egito. A análise dos dez maiores parceiros comerciais do setor revela
mudanças expressivas no volume exportado e no valor negociado, refletindo uma
crescente demanda e uma valorização do produto nacional. O resultado histórico
de US$ 2,97 bilhões é o melhor da década, e colocou o produto como um dos
principais em negociação na indústria de transformação do país.
A Bélgica manteve
a liderança como principal destino do tabaco brasileiro, com um volume de 103,1
mil toneladas exportados e um valor de US$ 638,5 milhões em negócios. O preço
por quilograma aumentou para US$ 6,19 (R$ 33,54), evidenciando uma valorização
do produto em relação a 2023.
A China consolidou
sua posição como o segundo maior parceiro, registrando um volume de 67 mil
toneladas e um expressivo aumento no valor, atingindo US$ 584,6 milhões. O
preço médio por quilograma saltou para US$ 8,72 (R$ 47,69), tornando-se o mais
alto entre os principais importadores.
Os Estados Unidos
ocuparam o terceiro lugar, importando 39,8 mil toneladas por um valor total de
US$ 255 milhões, com um preço médio de US$ 6,40 (R$ 34,53) por quilograma. O
Egito, em quarto lugar, demonstrou um forte crescimento na demanda, alcançando
US$ 233 milhões em compras, com um preço de US$ 7,16 (R$ 40,25) por quilograma.
COMPARATIVO
Em 2023, a Bélgica
já liderava as importações, mas o volume adquirido foi superior ao de 2024,
atingindo 113,4 mil toneladas. No entanto, o valor negociado foi menor, US$ 605
milhões, com um preço médio inferior de US$ 5,33 (R$ 26,37) por quilograma.
A China também
teve um aumento expressivo no volume importado, saindo de 55,3 mil toneladas em
2023 para 67 mil toneladas em 2024, enquanto o valor das compras saltou de US$
427,7 milhões para US$ 584,6 milhões. Esse crescimento refletiu um aumento no
preço pago pelo quilograma, de US$ 7,72 para US$ 8,72.
Os Estados Unidos
também ampliaram suas compras, saindo de 34,2 milhões de quilogramas em 2023
para 39,8 milhões em 2024, acompanhados por um aumento no valor FOB, de US$
178,8 milhões para US$ 255 milhões.
MUDANÇAS
Entre as mudanças
mais significativas na lista de parceiros, o Egito subiu para a quarta posição
em 2024, superando a Indonésia, que caiu para quinto lugar. Os Emirados Árabes
Unidos também reduziram suas importações, caindo do quinto para o sexto lugar.
Outro destaque foi a saída da Alemanha e dos Países Baixos do ranking dos dez maiores parceiros comerciais do tabaco brasileiro, sendo substituídos por Paraguai e Turquia. O Vietnã, que estava na décima posição em 2023, subiu para a sétima em 2024.
PERSPECTIVAS
O aumento no valor
de vendas e no preço por quilograma indica um cenário favorável para a
exportação de tabaco brasileiro, impulsionado por uma maior valorização do
produto no mercado internacional. A tendência é que a China continue aumentando
suas importações, consolidando-se como um dos principais destinos do tabaco do
Brasil.
Em janeiro de
2025, com dados consolidados de vendas globais de tabaco, a China ocupa a
liderança, com US$ 299,6 milhões, e 30,7 mil toneladas embarcadas. O resultado
ocorre por problemas logístico do ano passado que atrasaram entregas ao país. A
Bélgica aparece na segunda posição com US$ 25,8 milhões em vendas, e 5,6 mil
toneladas negociadas. Já os Emirados Árabes Unidos aparecem na terceira
posição, com US$ 18,2 milhões em vendas, e 2,8 mil toneladas embarcadas.
Fonte: Olá
Jornal