Mais de 40% dos estudantes encontram-se em situação de vulnerabilidade social, sendo a escola espaço de acolhimento e segurança
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RS)
recorreu da decisão liminar que suspendeu o início do ano letivo na Rede Estadual de
ensino e aguarda a decisão da Justiça. Ao longo da segunda-feira (10/2), será
informada a nova data.
As aulas estavam previstas para
começar nesta segunda, e o evento ocorreria no Instituto Estadual de
Educação Paulo Freire, em São Sebastião do Caí, gravemente impactado pelas
enchentes de 2023 e 2024. O governo investiu R$ 1 milhão para que os
prédios da escola estivessem prontos para o ato, em uma parceria das
secretarias de Educação e de Obras Públicas. O instituto, que tem 360
alunos, foi equipado com toda a infraestrutura necessária para receber a
comunidade escolar e as autoridades.
O Estado conta hoje com 2.320
escolas na Rede Estadual, que compreendem 700 mil alunos, em todos os
municípios gaúchos. Ainda, 42% dos estudantes encontram-se em situação de
vulnerabilidade social, sendo a escola um espaço de acolhimento e segurança,
onde os pais confiam no aprendizado de seus filhos enquanto trabalham.
“As situações de infraestrutura das
escolas, e até mesmo do calor, são diferentes em cada região do Rio Grande do
Sul, por isso a importância do monitoramento por parte das coordenadorias
regionais, que fazem uma avaliação individual da situação”, destaca a
secretária de Estado da Educação, Raquel Teixeira.
Ela acrescenta que o governo está
construindo um modelo de escola resiliente, adaptável às mudanças climáticas,
com adequações na infraestrutura escolar, no currículo e reforço em ações de
apoio socioemocionais. É importante que a sociedade esteja cada vez mais
preparada para enfrentar eventos meteorológicos extremos, que se apresentam com
mais frequência a casa ano.
Medidas tomadas frente à onda de calor
Atenta à onda de calor, a Secretaria da
Educação (Seduc) acompanhou todos os alertas e orientações da Defesa Civil e,
por meio das coordenadorias regionais de educação, monitora as condições de
atendimento nas escolas, tendo como prioridade a segurança dos alunos e
profissionais da educação. Casos pontuais de infraestrutura nas escolas são de
conhecimento da pasta e tratados um a um, com a devida importância que o tema
impõe.
Nesse sentido, na sexta-feira (7/2),
Seduc repassou às coordenadorias regionais orientação para adoção de medidas
preventivas e avaliação das condições de fornecimento de energia elétrica e
água potável nas escolas. A secretaria orientou, também, para ampliação da
hidratação, fornecimento de alimentação leve na merenda escolar e suspensão de
aulas de educação física.
A organização do calendário ocorreu em
acordo com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-RS) e
com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do RS (Sinepe-RS).
Texto: Ascom Seduc
Edição: Secom