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Representantes do setor avaliaram os resultados da pesquisa realizada pelo Cepa/UFRGS em torno dos mais de 500 itens que compõe o documento


Em reunião realizada no dia 21 de agosto, na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), em São José (SC), representantes do Fórum Nacional de Integração (Foniagro) da Cadeia Produtiva do Tabaco apreciaram o relatório da Comissão Técnica Mista sobre a atualização dos coeficientes técnicos do custo operacional de produção do tabaco.


A metodologia usada para o cálculo do valor de referência para a remuneração do integrado, conforme estabelece o Art. 12, da Lei 13.288/16, conhecida como Lei da Integração, precisa ser revista a cada cinco anos de modo a contemplar as mudanças tecnológicas que acontecem no processo de produção. Por conta disso, uma Comissão Técnica Mista (CTM), integrada por representantes das entidades dos produtores e da indústria, realizou a atualização dos coeficientes técnicos do custo de produção.


O trabalho consiste em uma pesquisa aplicada a uma amostra representativa de produtores para mensurar todos os tempos e movimentos despendidos pelo produtor para a produção de tabaco, além da mensuração dos insumos, utensílios, equipamentos, instalações, benfeitorias e outros custos fixos e variáveis da atividade, cuja planilha contempla mais de 500 itens mensurados.


A pesquisa foi conduzida pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Cepa/UFRGS) com base em uma amostra de produtores sorteados, nas diferentes regiões produtores, seguindo critério técnico e estatístico para garantir os parâmetros de confiança mínima e de erro amostral máximo estabelecidos.


Este foi um extenso trabalho de pesquisa e podemos dizer que o sistema de apuração de custos no setor do tabaco é, provavelmente, o mais detalhado entre as culturas agrícolas comerciais do Brasil. Dificilmente outro segmento possui uma metodologia de apuração de custo de produção tão minucioso quanto o tabaco”, avalia Carlos Sehn, coordenador da Comissão Técnica Mista e assessor do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).


Paulo Favero, vice-presidente de Produção e Qualidade de Tabaco do SindiTabaco, que coordenou o Foniagro no biênio 2022/2024, reforçou a importância do Sistema Integrado de Produção de Tabaco neste contexto. “A cadeia produtiva emprega uma metodologia de apuração do custo de produção há mais de 40 anos, muito antes da legislação de 2016. Isso explica também porque o tabaco está tão avançado neste detalhamento”. Ainda de acordo com ele, a trajetória de sucesso do setor não abre mão de três pilares: a legislação, as questões relacionadas à sustentabilidade e aspectos sobre a qualidade e inovação na atividade. “Produtores e indústrias precisam cada vez mais atuar de forma conjunta para assegurar os parâmetros de qualidade e eficiência do negócio em que atuam”, ponderou.

 

Nova coordenação

Na ocasião, seguindo o que estabelece o regimento interno do Fórum, foi eleita a nova Coordenação para o biênio 2024-2026. O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Drescher, foi escolhido para coordenar o Foniagro nos próximos dois anos.

 

Foniagro

Instituído em 2016, o Fórum Nacional de Integração (Foniagro) é composto pelas entidades representativas dos produtores integrados e das empresas integradoras, e tem por objetivo com definir diretrizes para o acompanhamento e desenvolvimento do sistema de integração e de promover o fortalecimento das relações entre o produtor integrado e o integrador. Fazem parte do Foniagro do Tabaco as Federações de Agricultura dos três Estados do Sul do Brasil (Farsul, Faesc e Faep), as Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag, Fetaesc e Fetaep), a Afubra, o SindiTabaco e empresas associadas.


Fonte: Assessoria de Imprensa/ Portal Arauto 

 

 

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