Mesmo com queda na produção de tabaco, por conta de
episódios climáticos, as receitas geradas com a safra 2023/2024 foi recorde. Os
dados foram divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), e
mostram que juntos os produtores dos três estados do Sul geraram R$
11.783.348.282,81, aumento de 7,3% frente à safra passada. Até então, a safra
2022/2023 tinha o melhor resultado, com R$ 10,9 bilhões em receitas geradas, no
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O movimento financeiro com a safra
é a melhor da série histórica de acompanhamento da Afubra, iniciada em 1995.
No campo da Capital do Chimarrão, a produção de tabaco
registrou R$ 300.761.496,45 em receitas. É o melhor resultado desde 2015,
segundo dados da Emater, com aumento de 3% frente a projeção inicial. As
receitas agrícolas do totais município movimentaram junto aos produtores R$
584,2 milhões.
A última safra de tabaco gerou 508.041 toneladas no
Sul do país. Os números da Afubra levam em consideração pesquisas realizadas
durante a safra junto aos produtores de tabaco. A variedade Virgínia chegou a
461.866 toneladas; o Burley, 37.915; e o Galpão Comum, 8.260 toneladas.
VALORIZAÇÃO
A
produção de tabaco, com a quebra no campo, garantiu valorização na
comercialização. O preço médio pago por quilo alcançou R$ 23,19, o melhor valor
já registrado desde 1995, início da série de acompanhamento. Só o Rio Grande do
Sul registrou uma quebra de 14,4%, porém a produção concentrou 43,3% do total
da região Sul. Sozinho o estado gerou R$ 5.263.868.368,74, alta de 13,6%, se
comparado ao ciclo anterior.
Santa Catarina obteve uma receita bruta de R$
3.456.752.807,10 (-2,5%) e, no Paraná, a receita bruta chegou a R$
3.062.727.105,97 (+9,4%).
FAMÍLIAS
No Rio
Grande do Sul o tabaco foi produzido por 68.582 famílias, aumento de 5,9%. Com
os problemas climáticos, a produtividade ficou, no geral, 20,1% menor que na
safra passada: 1.786 kg/ha no Virgínia (-19,3%), 1.464 kg/ha no Burley (-25,5%)
e 1.174 kg/ha no Comum (-23,8%). As 40.103 famílias produtoras catarinenses
(+7,2%) produziram 150.315 toneladas de tabaco (-21,8%). E no Paraná, em 73.908
hectares (+11%), as 24.580 famílias produtoras (+7,8%) produziram 137.734
toneladas de tabaco (-12%).
A estimativa de produção para a safra 2024/2025 será
finalizada no fim do mês de outubro. “Em nossas visitas à associados temos
recebido informações de que haverá aumento de plantio, o que pode vir a causar
problemas no momento da comercialização se houver muita oferta de tabaco,”
alerta o presidente da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher.
MUNICÍPIOS
Com a
consolidação dos dados da safra 2023/2024, Venâncio Aires figura na terceira
posição entre os principais produtores, com 15.197,5 toneladas produzidas. No
município, 3.677 famílias estavam ligadas ao cultivo. A listagem é liderada por
Canguçu, que encerrou a safra com 18.155,9 toneladas, e 4.964 famílias
produtoras. São João do Triunfo, no Paraná, encerrou o ciclo com 17.517
toneladas e 2.222 famílias produtoras.
São Lourenço do Sul aparece na quarta posição, com
13.990,6 toneladas de produção e 3.784 famílias produtoras. Rio Azul, cidade
paranaense, ocupa a quinta posição, com 12.823,8 toneladas e 1.956 famílias.
Com informações da Assessoria de Imprensa Afubra
Fonte e foto: Olá Jornal