Foto: Diego
Costa/Acústica FM
Marcílio Drescher destacou as regiões que necessitaram assistência técnica e financeira para recuperação das lavouras
Na manhã desta segunda-feira (29), o Programa Primeira Hora recebeu
o presidente da Associação dos Plantadores de Fumo em Folha no Rio Grande do Sul (Afubra),
Marcílio Laurindo Drescher. Em entrevista ao comunicador Fábio Renner, Drescher
abordou a assistência da entidade aos produtores de tabaco que sofreram com as
recentes chuvas no Estado.
Durante a conversa, Drescher destacou que a região sul
teve menos problemas na fumicultura em comparação a outras áreas, embora ainda
houvesse prejuízos. Ele relatou que a Afubra, em conjunto com empresas
fumageiras e o SindiTabaco, realizou um levantamento detalhado das perdas, que
variaram desde danos parciais até destruição total de casas de estufas e
canteiros de tabaco:
“Esses produtores serão assistidos pelas empresas para se
recuperarem, até mais facilmente do que outros produtores de diferentes
gêneros”, afirmou Drescher, explicando que o sistema integrado de apoio aos
produtores faz uma grande diferença nessas situações.
O presidente da Afubra também mencionou a complexidade da
recuperação do solo nas áreas mais atingidas, com alguns locais praticamente
sem solo adequado para plantio. A assistência técnica e os esforços de
recuperação de solos são fundamentais para garantir que os produtores possam
retomar suas atividades na próxima safra.
Sobre a produção agrícola, Drescher falou sobre a safra de
2024 e a expectativa para 2025, destacando uma quebra de 22,7% na última safra,
causada principalmente pelo excesso de chuvas e enchentes:
“A demanda internacional por tabaco permanece forte, o que
compensou parcialmente as perdas, mas muitos produtores ainda enfrentaram
desafios significativos”, observou.
Ele também destacou que a mutualidade da Afubra tem sido
essencial para garantir que os produtores possam se recuperar das perdas. O
sistema de seguro da Afubra, que é detalhado e fidedigno, oferece suporte
financeiro que muitas vezes salva os produtores de maiores dificuldades
financeiras.
A entrevista
também abordou a questão do contrabando e da regulamentação do cigarro
eletrônico no Brasil. Drescher criticou a falta de regulamentação e os impactos
negativos do contrabando no mercado legal de tabaco, enfatizando a necessidade
de uma abordagem mais pragmática por parte das autoridades brasileiras.
Por fim,
Drescher agradeceu a oportunidade de participar do programa e reafirmou o
compromisso da Afubra em apoiar os produtores de tabaco, mantendo a
transparência e a seriedade no trabalho da entidade.
Fonte: Bruno Bonilha/ Rádio Acústica