Foto: Divulgação/ Portal Arauto
Neste
sábado (27), entidade reúne seus associados em Santa Cruz para detalhar números
da safra que encerrou
A
Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) realiza neste sábado (27), sua
assembleia anual, a partir das 8 horas, no Teatro do Mauá, em Santa Cruz.
Dentre os diversos assuntos vai estar o Sistema Mutualista para a safra de
tabaco 2024/2025. Em entrevista à Arauto News, o presidente Afubra,
Marcilio Drescher, destacou um pouco do cenário do ciclo que finalizou. A safra
teve mais de 36,5 mil lavouras atingidas por granizo, ou seja, 74% a mais do
que na anterior. O que deve justificar um aumento para que o sistema siga
viável.
Segundo
Marcilio, é na assembleia que a diretoria apresenta o relatório da safra,
envolvendo também relatos de sinistros, taxas, auxílios. O dirigente frisa que
este é o quarto exercício com déficit no sistema mútuo, “tivemos que pagar mais
auxílios do que a própria receita, por isso deve ocorrer aumento na taxa para a
próxima safra. O que deve reduzir quando houver equilíbrio novamente”,
explicou.
A
medida se torna necessária para viabilizar o sistema, “para que um dia o
sistema não tenha frustração de não conseguir pagar os auxílios. Para se ter
uma ideia, nesse ano em auxílio de granizo foram pagos R$ 216 milhões nos três
estados, um número muito acima da média e por essa razão tivemos que apelar
para propor um pequeno aumento para levar à assembleia”.
Conforme
o Presidente da Afubra, quando houve a enchente, no início de maio,
praticamente todo o tabaco dos produtores já estava vendido, o que foi um
alento. E ainda que a chuvarada não tenha destruído o fumo, porque já estava
nas empresas, degradou solo, destruiu estruturas nas propriedades. E a Afubra
buscou contatar com as empresas para confirmar a assistência aos seus produtores
integrados, o que aconteceu. Essa integração vem a beneficiar as famílias para
ajudar o produtor a se recuperar, a quem tem esse compromisso mútuo, sistema
que é um exemplo no setor do tabaco, frisou Drescher.
Novo
ciclo
A
safra que se encerrou teve cerca de 20% de quebra e, com menos produção, o
preço subiu e empolgou muitos produtores. Marcilio explica que em muitas
regiões se fala em ampliação de área e plantio para a nova safra, muitos se
empolgam. “Mas também serve de alerta, se confirmar uma safra dentro da
normalidade, de produtividade, e aumentar a área de produção, vai impactar na
oferta. E se a oferta for maior do que a demanda, certamente vamos ter um preço
inferior do que se recebeu na última safra”, refletiu o dirigente, sugerindo o
equilíbrio.
A
Afubra orienta a plantar a quantidade que a família tenha potencial com
autonomia de produção para o trabalho, pois sabe que há dificuldade hoje pela
mão de obra e pelo custo que a contratação de terceiros impacta. A margem de
lucro vai reduzir se tiver oferta maior e mais gastos, salienta ele, que
defende o planejamento da família para que se prime pela qualidade e assim,
mais rentabilidade da produção de tabaco.
Fonte:
Portal Arauto