Sogra com câncer foi convencida por ele a assinar documento de união estável
Um caso de estelionato está
sendo investigado pela Polícia Civil de São Pedro do Sul, na região central
do Rio Grande do
Sul. Um homem e sua sogra são suspeitos de terem forjado uma união
estável para receber indevidamente pensão do município após o falecimento da
idosa. Falsa união para “golpear o município”
Conforme o delegado Giovanni Lovato,
o genro teria convencido a sogra, diagnosticada com câncer em estado avançado
em 2017, a assinar um documento de união estável. O objetivo era fraudar o
sistema de pagamento de pensões, já que um dos requisitos para o recebimento do
benefício é ter cinco anos de união. No documento fraudulento, consta que o
casal estava junto desde 2012.
Morte
da sogra e pensão milionária de acordo com a polícia
A
idosa faleceu em 2018, um ano após a assinatura da falsa união. Desde então, o
genro vinha recebendo uma pensão mensal de R$ 3 mil, totalizando cerca de R$
250 mil até o momento.
A
investigação da Polícia Civil apontou que não havia indícios de união estável
entre o genro e a sogra. Na verdade, o homem mantinha um relacionamento público
com a filha da idosa, inclusive com dedicatória no trabalho de conclusão de
curso. Era de conhecimento geral que o casal estava junto desde os 18 anos,
enquanto a sogra era solteira, segundo relatos de familiares e amigos.
Surgem
ainda indícios de que a idosa teria sido cúmplice da farsa. Após sua morte, o
genro solicitou o inventário dos bens, dividindo-os com a filha da falecida.
O
caso segue em investigação, com o delegado Lovato convicto da participação da
sogra no esquema. As provas colhidas até o momento indicam crime de
estelionato, e os envolvidos podem responder por tentativa de fraude contra o
município e falsidade ideológica.
Detalhes
do caso:
Local: São
Pedro do Sul, RS
Vítima: Município
de São Pedro do Sul
Suspeitos: Genro
e sogra
Valor
do golpe: R$ 250 mil
Crime: Estelionato
e falsidade ideológica
Situação: Investigação
em andamento