Fotos: Pedro Thessing/Arauto FM

Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido como Dunga, o capitão da seleção no tetra de 1994, realizou uma visita especial aos túmulos de seus bisavós em Santa Cruz do Sul. Recebido pelo Rotary Linha Santa Cruz Cidade Alta, o ex-jogador falou sobre a valorização das raízes familiares. O clube de serviço homenageia, na noite desta sexta-feira (10), o treinador, que comandou a Verde-Amarela entre 2014 e 2016.

Em uma conversa com o Grupo Arauto, Dunga ressaltou o papel da família em sua vida, a presença constante e o apoio, mesmo durante suas passagens por diversos países. “Acima de muitas coisas, a minha família esteve em todos esses lugares comigo, nunca criou nenhum empecilho. A família é algo que a gente tem que proteger, porque depois que saímos da nossa família, vamos para a nossa empresa. O futebol é continuação da família. Se nós não praticarmos aquilo que a gente vive dentro da nossa casa, fica difícil”, disse.

Além disso, o ex-capitão abordou seu compromisso social. Ele explicou que o engajamento com projetos teve início na Europa, onde compreendeu a importância de se integrar à sociedade além do campo esportivo. Com mais de 30 anos de atuação, seu instituto desenvolve projetos sociais, incluindo o Esporte Clube Cidadão e a iniciativa Seleção do Bem, focada em trocar informações e oferecer suporte nas áreas de educação e saúde.

"Essa noção vem da minha família. Quando comecei a entender as coisas, cada um na minha família tinha uma função. Quando fui para a Europa, fui levado por pessoas na Itália a um hospital para conhecer pessoas paraplégicas devido a acidentes na estrada. Foi nesse momento que comecei a compreender que um jogador não é apenas um atleta, ele é um cidadão, é parte da sociedade. Essa percepção sempre me acompanhou”, falou.

Quanto a um possível retorno ao futebol, Dunga demonstrou abertura. Ele expressou preocupação com a dinâmica atual do esporte. “Eu não coloco nada como definitivo. No entanto, vejo que, hoje em dia, no futebol, há muito discurso sobre profissionalismo, mas percebo que a troca de treinadores não é necessariamente para melhorar o desempenho da equipe. Muitas vezes é uma forma de aliviar a responsabilidade. [...] as práticas de gestão continuam as mesmas”, finalizou.


Fonte: Eduardo Elias Wachholtz/ Portal Arauto

 

 

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