Foto: Itamar Aguiar/Ascom SES

O Rio Grande do Sul tem apresentado aumento nas internações por Covid-19 nas últimas semanas. Foram registradas 64 hospitalizações por complicações respiratórias em virtude da doença entre os dias 8 e 14 de outubro. O fato reforça a importância da vacinação, principalmente com a dose atualizada da vacina bivalente, que hoje tem menos de 20% da população acima de 18 anos no Estado vacinada.

Com relação às possíveis causas desse aumento, a chefe substituta da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Letícia Martins, ressalta que o coronavírus já pode ser considerado endêmico. “Isso quer dizer que ele irá circular com picos em determinados momentos do ano, assim como o vírus da gripe influenza”, explica. “Além disso, a cobertura da bivalente é baixa nos maiores de 18 anos, sendo ela a vacina com composição mais próxima genomicamente das variantes que circulam atualmente”, complementa.

Também foi registrado um aumento da proporção de internações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Covid-19 em relação à síndrome associada a outras causas. Enquanto na semana de 20 a 28 de agosto o coronavírus representava 6% das internações por esse agravo, na semana de 8 a 14 de outubro, esse índice passou a 26%.

O Cevs segue com o monitoramento das variantes do coronavírus em circulação no Estado. As análises demonstram a continuidade da presença de diferentes sublinhagens da variante Ômicron e, entre essas, já houve detecção pontual (um caso até o momento) da sublinhagem EG5.1, chamada de Éris.

Vacinação

As crianças ainda apresentam baixo percentual de vacinação contra o coronavírus no Rio Grande do Sul. São apenas 36% das cerca de 1,6 milhão de crianças acima dos 6 meses até os 11 anos idade vacinadas com duas doses. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, esse percentual é de 82%.

Na população de 18 anos ou mais, o índice também é considerado baixo. Até o momento, já foram aplicadas cerca de 1,6 milhão de doses da vacina bivalente, o que representa cerca de 18% do público da faixa etária. Para os que já tomara a vacina bivalente ainda não há perspectiva de nova dose.

Há uma estimativa de que a vacinação será seletiva em 2024, ou seja, para grupos prioritários, conforme exposição e risco para evoluir com gravidade (internações e óbitos), assim como acontece na vacinação anual contra a gripe influenza. Esse protocolo ainda depende de definição do Ministério da Saúde.

Fonte: Portal Arauto



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