Foto: Reprodução/ Messinis/FP

Moradores relataram que os ataques desta segunda-feira (16), foram os mais pesados em nove dias de conflito entre Israel e Hamas

Os moradores de Gaza sofreram com uma série intensa de bombardeios nesta segunda-feira (16), frustrando as esperanças de um cessar-fogo temporário. Muitas casas foram destruídas e o número de mortos aumentou, segundo os relatos locais. Moradores de Gaza disseram que os ataques foram os mais pesados em nove dias de conflito. 

A situação no enclave palestino tem sido alvo de ataques implacáveis por parte de Israel desde o ataque do Hamas, ocorrido no dia 7 de outubro, que resultou na morte de 1.300 pessoas - o dia mais sangrento em 75 anos de história do de Israel.

Com o bloqueio total imposto por Israel, a situação humanitária em Gaza se agrava a cada dia, com escassez de alimentos, combustível e água. Centenas de toneladas de ajuda estão retidas no Egito, aguardando um acordo para a entrega segura em Gaza e a retirada de portadores de passaportes estrangeiros pela passagem de fronteira de Rafah.

No início desta segunda-feira (16), fontes de segurança egípcias informaram que um acordo havia sido alcançado para a abertura da passagem e a entrada de ajuda. No entanto, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que não há trégua e entrega de ajuda em Gaza em troca da saída de estrangeiros.

Enquanto isso, as tropas israelenses estão concentradas na fronteira, preparando-se para uma invasão terrestre em Gaza com o objetivo de destruir o Hamas, que continua disparando foguetes contra Israel.

O número de mortos em Gaza já chega a pelo menos 2.750, incluindo um quarto de crianças, e quase 10 mil pessoas ficaram feridas. Há ainda mil desaparecidos sob os escombros, de acordo com as autoridades locais.

Diante dessa crise humanitária, os Estados Unidos estão orientando seus cidadãos em Gaza a se aproximarem da passagem de Rafah, para que possam sair. Estima-se que haja entre 500 e 600 palestino-americanos com dupla cidadania na região.

Além disso, os EUA estão buscando a libertação de 199 reféns, incluindo estrangeiros, levados pelo Hamas em Gaza. O presidente Joe Biden enviou ajuda militar a Israel, mas também enfatizou a importância de levar ajuda humanitária aos civis palestinos e pediu que Israel siga as regras de guerra em sua resposta aos ataques do Hamas.

Bombardeio pesado

Os ataques aéreos israelenses foram especialmente intensos durante a madrugada, atingindo áreas ao redor do hospital Al-Quds, na cidade de Gaza. As ambulâncias não conseguiram se deslocar devido aos bombardeios.

Em resposta, Israel pediu que os habitantes de Gaza se deslocassem para o sul, mas o Hamas instruiu a população a ignorar essa mensagem. As reservas de combustível nos hospitais de Gaza estão acabando, colocando milhares de pacientes em risco.

Nas cidades de Tel Al-Hawa e Gaza, os aviões israelenses bombardearam estradas e casas, forçando centenas de moradores a se refugiarem no Hospital Al-Quds do Crescente Vermelho. Três sedes do Serviço Civil de Emergência e Ambulância também foram atingidas, interrompendo os serviços de resgate nessas áreas.

Fonte: Blog do Juares

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