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Vandalismo acentua onda de intolerância religiosa em São Paulo
Em meio a uma semana marcada por casos de intolerância
religiosa que têm gerado grande comoção, a cidade de Sete Barras, localizada no
interior de São Paulo, viu-se abalada por mais um ato de vandalismo que atingiu
a sua Igreja Matriz, pertencente à arquidiocese católica da região. Na última
segunda-feira (2), invasores arrombaram as janelas do templo religioso e
profanaram diversas imagens sacras, além de espalharem hóstias e roupas
litúrgicas pelo chão.
O grupo
responsável pelo ataque vandalizou as imagens de santos, utilizando até mesmo
uma picareta, que foi encontrada cravada na estátua de Nossa Senhora do Carmo
quando o pároco da igreja chegou ao local. Outra imagem, a de São João Batista,
também foi destruída. Estas imagens têm significado histórico para a
comunidade, sendo que a de Nossa Senhora do Carmo está presente na cidade há
mais de 123 anos e a de São João Batista há cerca de 80 anos.
O padre Francisco Rodrigues Rocha Neto
destacou a relevância dessas figuras religiosas, lembrando que a imagem de
Nossa Senhora do Carmo foi doada à cidade pela Paróquia de Eldorado e chegou à
cidade pelo rio Ribeira, sendo recebida com grande alegria pela comunidade,
carregando consigo um profundo simbolismo religioso e cultural.
O ato de
vandalismo gerou indignação não apenas entre os fiéis, mas também nas
autoridades religiosas e civis da região. A Diocese de Registro repudiou
veementemente o ocorrido, classificando-o como um ato de intolerância
religiosa, enquanto a prefeitura de Sete Barras emitiu uma nota lamentando
profundamente os danos materiais, históricos e religiosos causados pela
depredação.
As imagens
sacras danificadas foram encaminhadas a um restaurador, que avalia a
possibilidade de restaurá-las. Enquanto isso, as missas na igreja depredada
foram temporariamente suspensas e estão sendo realizadas na paróquia Nossa
Senhora Aparecida, na Vila São João. O caso está sob investigação da Polícia
Civil do Estado de São Paulo, que trabalha arduamente para identificar e
localizar os responsáveis pelo ato. Até o momento, nenhum dos autores do crime
foi identificado ou localizado.
Fonte: Revista
Fórum/ Porto Alegre 24 Horas.