Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
As temperaturas neste mês de outubro ficarão acima da média na maior parte do Brasil. É o que prevê o boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Em Mato Grosso, no Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e no oeste da Bahia, as temperaturas devem passar de 29ºC.
Já no sul de Mato Grosso do Sul e parte da Região Sul, os termômetros devem marcar temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo de 1ºC da média normal para o mês.
“A ocorrência de dias consecutivos com chuva nessas áreas poderá amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 20ºC”, diz nota do Inmet.
Quanto às chuvas, a previsão para as regiões Norte e Nordeste será abaixo da média histórica, com volumes menores de 70 milímetros.
No Centro-Oeste e no Sudeste, a chuva deve voltar de forma gradual, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
A Região Sul permanecerá a probabilidade de grande quantidade de chuva, sendo o Rio Grande do Sul como um dos mais afetados. O Inmet prevê volumes acima de 250 milímetros.
Um dos efeitos de El Niño é o aumento de chuvas no Sul do País. Isso ocorre devido há uma grande circulação de ventos, que acaba interferindo no movimento de outros ventos, impedindo o avanço de frentes frias pelo território brasileiro. Com isso, as frentes ficam estacionadas por mais tempo na Região Sul, diz o Inmet.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) estima um aumento de 6,2% na demanda por energia elétrica no Brasil em outubro em relação ao mesmo período do ano passado. Se confirmado, será o recorde para o mês desde o início da série histórica, em 2000.
Uma das razões para a alta da demanda são as temperaturas médias mais elevadas, apesar da recente frente fria no Sul e Sudeste/Centro-Oeste. Contudo, o ONS prevê que as temperaturas no Norte e Nordeste devem permanecer elevadas, com poucas chuvas.
Em relatório divulgado na última sexta-feira (29), o ONS estima que a demanda pode chegar a aproximadamente 77,5 GWmed (gigawatts médios) no próximo mês. A cidade de São Paulo, maior do País, por exemplo, tem uma demanda média de eletricidade que varia entre 10 a 12 GWmed por mês.
Por causa do calor, setembro também bateu recorde de demanda em relação ao mesmo mês nos anos anteriores.
“Tivemos um período de forte elevação da demanda por carga, e a resposta do SIN [Sistema Interligado Nacional] a esse crescimento foi positiva, com a garantia de atendimento. Estamos atentos aos próximos meses, em especial o período do verão, cujas temperaturas médias devem ser mais elevadas”, afirmou o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.
Fonte: Jornal O Sul