Foto: Matheus Garcia/Blog do Juares
Nesta
segunda-feira (28), a menina será submetida à perícia psicológica, informou a
delegada Vivian Sander Duarte, responsável pelo caso
A Polícia Civil divulgou ao Blog
do Juares (BJ News) mais informações sobre a investigação do caso de abuso
sexual contra uma menina de quatro anos de idade em Camaquã. Responsável pelo
inquérito policial, a delegada Vivian Sander Duarte, titular da Delegacia de
Polícia (DP) do município, confirmou que o laudo da perícia física realizado na
vítima apontou sinais de violência sexual.
Nesta segunda-feira (28), a menina
será submetida à perícia psicológica. Ainda não há previsão de quando o
resultado chegará nas mãos da Polícia. “Será feito hoje, mas o laudo não
sei quando vem!”, adiantou Vivian.
Os abusos foram descobertos pela mãe
da criança no final de julho, após a menina ter voltado da casa da família
do pai reclamando de supostas dores na região da vagina. A mulher de 37 anos
levou a filha até uma médica pediatra em São Lourenço do Sul. Exames
preliminares feitos pela profissional na ocasião atestaram lesões nas partes
íntimas da menina. Um boletim de ocorrência foi registrado pela mãe
na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) no dia 2 de
agosto.
O principal suspeito do crime é
um tio da menina. Segundo o registro policial, a vítima teria apontado o homem
como o autor dos abusos. O homem de 36 anos foi preso preventivamente na tarde
da última quinta-feira (24). A ordem judicial foi executada pelos agentes da DP
em um dos endereços ligados ao investigado. Contudo, a Polícia Civil não
divulgou o local da prisão.
O suspeito prestou depoimento na
delegacia, passou por audiência de custódia com o juiz no Foro e foi recolhido
ao sistema penitenciário. Por questões de segurança, o preso foi encaminhado
para outro presídio da região. O endereço da casa prisional é mantido em sigilo
pela polícia.
Procurado pela reportagem do BJ News,
o advogado criminalista Luciano Miranda, que representou o suspeito durante
os trâmites legais da prisão, disse que não haveria manifestação à imprensa
sobre o caso. “Acompanhei os procedimentos da prisão na delegacia. Não há
interesse em nota por ora. Em verdade, sequer sei se serei o advogado no
processo”, explicou Miranda. Entretanto, o investigado alegou inocência no
depoimento. O Conselho Tutelar também acompanha o caso. Por conta de
o crime envolver menor de idade, a investigação tramita em sigilo, de
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Código Penal
Brasileiro prevê pena de reclusão de 8 a 15 anos para o crime de estupro
de vulnerável (conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14
anos). A sentença pode ser aumentada no caso de lesão corporal
grave, de 10 a 20 anos; e de 12 a 30 anos, se houver a morte da vítima.
Fonte: Matheus Garcia/ Blog do Juares