(Foto: Internet/Reprodução)
O menino adotado quando tinha dois anos cresceu, virou pai e, agora, realizou o sonho de, junto da esposa, abrir os braços para receber uma filha
Uma sementinha de amor e generosidade lançada
há mais de 50 anos, deu frutos na Comarca de Tapejara, no final de
junho. O menino adotado quando tinha dois anos cresceu, virou pai e,
agora, realizou o sonho de, junto da esposa, abrir os braços para receber
uma filha escolhida pelo coração e aumentar a família, que já conta com um
filho.
Foi a segunda adoção realizada no primeiro
semestre deste ano na Comarca do noroeste gaúcho. “Também sou adotado e tinha
um sonho desde jovem, de um dia fazer o mesmo que fizeram comigo”, disse o
pretendente na audiência presencial que efetivou a união.
Cuidados
No processo de adoção, depois que uma criança é
indicada aos pretendentes conforme o perfil postulado, e desperta interesse,
iniciam duas fases principais. Na aproximação são possíveis os primeiros
contatos, como visitas ao abrigo onde a criança ou adolescente vive. Superada
essa etapa, no estágio de convivência a criança ou adolescente morará com os
pretendentes por um período de 90 dias, renovável.
Profissionais especializados acompanham esses
avanços e, no caso de Tapejara, contou com a participação de equipe técnica
integrante da Casa de Acolhimento, composta pela Psicóloga Helena Loregian
Moresco e a Assistente Social Ivania da Costa, servidoras do
Município.
O relatório final da equipe de acolhimento,
assinado pela Psicóloga Cristina Ritter e a Assistente Social Michele
Benedetti, apontou que a integração da menina de quase dois anos com a família
foi imediata, e o consequente reconhecimento como filha dos pretendentes.
Nova vida
Responsável pela ação, a Juíza de Direito Núbia
de Miranda Friás acrescenta que desde o início os pretendentes se
mostraram afetuosos e cientes dos cuidados para com a criança, concluindo a
história com um final feliz. “Não se desconhece que em processos desta
natureza, além da necessidade de que os requisitos jurídicos estejam preenchidos,
exige-se a compreensão de que o ato de adotar é representado por diversas
escolhas”, escreveu na sentença de procedência do pedido de adoção. “Nesta
data, além de uma audiência descrita como uma solenidade jurídica, inicia-se
uma nova vida para esta criança”.
O casal está junto há 21 anos, e habilitados no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento desde 2013. Para eles, o sentimento é de que valeu a pena a espera. Inclusive para o filho mais velho, de 18. “Ele também pedia muito uma mana”, contou o pai. “A chegada da nenê foi uma surpresa emocionante”, completou a mãe.
Por:
Portal Leouve/Publicado por Alice Corrêa