Semana foi marcada por reuniões em diversas pastas do governo federal. (Foto: Divulgação)

O anúncio de que o Ministério da Saúde (MS) lançará, no final de julho, um programa para implementação efetiva da telemedicina, visando diminuir as filas e possibilitando o atendimento às demandas reprimidas herdadas pelo período pandêmico complementou as agendas da Missão da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) a Brasília. Durante quatro dias, mais de 20 representantes da região visitaram ministérios e órgãos do governo federal buscando aproximação e o encaminhamento das demandas regionais.

Durante a reunião com os diretores do MS, o prefeito de Canguçu, Vinicius Pegoraro (MDB), debateu os problemas das demandas reprimidas na média e alta complexidade e possíveis alternativas que solucionem o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) aos atendimentos. Segundo os dados do Conselho Regional de Secretários de Saúde sobre os números de atendimentos na Atenção Primária à Saúde (APS), comparando o ano de 2023 com os anos anteriores, os dois maiores municípios da região tiveram um aumento exponencial, sendo que Rio Grande teve crescimento de 70% de atendimentos e Pelotas 75%. A contagem absoluta é da necessidade de 65.433, exames; 70.123, consultas e 5.086, cirurgias.

Na mesma linha, a diretora de Saúde de Pelotas, Caroline Hoffmann, explicou as linhas de atuação do Plano Regional de Enfrentamento Pós Pandemia, solicitou ações que atendam a demanda de saúde mental, também acrescida nestes últimos dois anos, e mostrou a radiografia dos serviços da região. A Zona Sul soma um total de 845.135 mil habitantes, e constitui-se na segunda Região de Saúde mais populosa do RS, com 204 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) e 53 Equipes de Atenção Primária (EAP), totalizando 257 equipes na Atenção Básica. “É deficitário face à dependência da população aos serviços de saúde pública”, enfatizou Caroline.

A comitiva da Azonasul também encaminhou pleitos e cadastrou projetos no Ministério do Desenvolvimento Regional; no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA); no Ministério da Cidadania; no Ministério do Desenvolvimento Agrário; Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e no Palácio do Planalto.

União de esforços

Com expectativas positivas diante dos encaminhamentos e acolhidas aos pleitos, o presidente da Azonasul, Marco Antonio Barbosa (União), prefeito do Chuí, elencou como ponto-chave da missão a união do grupo de chefes do Executivo da Azonasul, que abriram mão de suas pautas individuais em detrimento às pautas do grupo. “As dores são comuns para todas as nossas prefeituras e o amadurecimento político do grupo fez com que os encaminhamentos fossem amplos para conter os problemas maiores”, disse. Barbosa também enalteceu o trabalho dos parlamentares da zona sul: deputados Alexandre Lindenmeyer (PT); Daniel Trzeciak (PSDB) e Afonso Hamm (PP) que estiveram acompanhando todas as reuniões e realizaram os agendamentos nos órgãos. “É condição determinante termos parlamentares aqui em Brasília para representar nossos interesses e defender a região”, encerrou.

Fonte: Jornal Tradição Regional

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