A produção de grãos teve
crescimento na área de cultivo nos últimos 10 anos. Os dados do IBGE apontam
que nos 10 principais municípios produtores de tabaco, só com a soja, a área
plantada registrou aumento de 87,3%, saltando de 113.780 hectares em 2011 para
213.181 hectares na última safra.
Entram
na base do levantamento os municípios de Canguçu (RS), São João do Triunfo
(PR), Venâncio Aires (RS), São Lourenço do Sul (RS), Rio Azul (PR), Itaiópolis
(SC), Canoinhas (SC), Vale do Sol (RS), Candelária (RS) e Ipiranga (PR). Essas
dez cidades foram as maiores produtoras de tabaco do país, segundo dados da
Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), na safra 2021/22.
Nestes municípios a produção de soja foi a principal cultura agrícola em crescimento. Ao mesmo tempo, o milho, segunda principal cultura, registrou queda de 60% na área de cultivo. Passou de 173,6 mil hectares em 2011, para 69.349 na safra de 2021. Ao mesmo tempo, a área de produção com tabaco cresceu 4,02% nos 10 principais municípios produtores. Passou de 70.594 hectares em 2011 para 73.438 hectares.
APÓS COLHEITA
A cadeia produtiva do tabaco mantém em parceria com entidades
parceiras e governos, o Programa Milho, Feijão e Pastagens. Na última safra
também foi incluída a soja, entre as culturas do programa. Nos três estados do
Sul, a área cultivada com milho alcançou 112,3 mil hectares nas propriedades de
tabaco. Com soja, a área alcançou 16.817 hectares. Já com feijão, somou 15.039
hectares.
As
três culturas movimentaram mais de 550 mil toneladas de grãos, gerando mais de
R$ 933,5 milhões em receitas. Os dados são acompanhados pela Emater/RS,
Epagri/SC e Deral/PR. A área cultivada é monitorada pelas empresas associadas
ao SindiTabaco.
A ação é conduzida pela entidade sindical das indústrias do tabaco com apoio de entidades representativas dos produtores e dos governos dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Uma das vantagens é a redução dos custos de produção dos grãos, pois ocorre o aproveitamento residual dos fertilizantes e pode, também, haver redução de custo na produção de proteína com o uso do milho no trato animal. Outros benefícios são a proteção do solo e a interrupção do ciclo de proliferação de pragas e ervas daninhas.