Foto: ICMBio/Divulgação
Local segue interditado por tempo indeterminado
No
Rio Grande do Sul, completa-se um mês desde o surgimento do primeiro foco de
gripe aviária, e o chefe da estação e servidor do Instituto Chico Mendes de
Biodiversidade (ICMBio), Fernando Weber, informou que foram encontradas 101
aves mortas na Estação Ecológica do Taim. Localizada entre os municípios de Rio
Grande e Santa Vitória do Palmar, no litoral Sul, a reserva permanece fechada
para visitação por tempo indeterminado.
“As aves
foram encontradas ao redor do primeiro foco, com algumas variações para o norte
e sul. O monitoramento continua sendo realizado por meio de embarcações e
drones. Os drones têm sido essenciais para localizar as aves dentro dos
juncais. A área permanecerá interditada até que esse surto seja controlado”,
destaca Weber.
Outras ocorrências foram registradas. No Rio Grande do Sul,
técnicos do Serviço Veterinário Oficial (SVO) enviaram amostras de duas aves
para análise, e ambas apresentaram resultado negativo para a gripe aviária.
“Nos últimos 20 dias, foram encontrados três patos-do-mato. O primeiro estava sendo consumido por uma lontra, impossibilitando a coleta de amostras. O segundo estava em estado avançado de decomposição, e o terceiro estava em boas condições para coleta, tendo sido coletado e testado negativo para o vírus H5N1. Na Lagoa do Peixe, em Mostardas, é comum aparecer pinguins debilitados durante o inverno, e eles são levados ao Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM) em Rio Grande, onde recebem cuidados e são devolvidos ao ambiente natural. Com o receio de contaminação pelo H5N1, foram realizadas análises que também deram negativo nos pinguins. Portanto, poderão ser levados para tratamento”, explica Weber.
A fiscalização e o monitoramento da Estação Ecológica do Taim são de responsabilidade de agentes da Secretaria Estadual de Agricultura e do ICMBio, órgão federal responsável pela reserva.
Recomenda-se que, caso sejam encontradas aves mortas, os moradores
entrem em contato com o Serviço Veterinário Oficial ou com a Secretaria do Meio
Ambiente da região, sem tocar nos animais, apenas relatando a ocorrência para a
unidade apropriada.
No Paraná, os dois primeiros focos do vírus H5N1 foram confirmados
recentemente, nas cidades de Antonina e Pontal do Paraná, ambos em aves
silvestres. Com isso, o número de focos da doença chega a 48 nos estados de São
Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
declarou emergência zoossanitária até o final de novembro devido aos registros
de gripe aviária. Em nota enviada à Rádio Guaíba, o ministério destaca que está
trabalhando em conjunto para evitar a disseminação da doença.
Fonte: José Souza/ Porto Alegre 24 Horas