Exportação da bebida já supera em 21% o registrado no mesmo período do ano passado. União Europeia é quem mais compra
O Brasil é um tradicional produtor de frutas cítricas. Laranjas, limões
e tangerinas são variedades que fazem parte da rotina do país, seja em consumo
in natura ou em forma de sucos e sobremesas.
Nesta quinta-feira (8 de junho) é comemorado o Dia do Citricultor, data
estabelecida na década de 1990 para lembrar a importância desse profissional
para a fruticultura brasileira.
O papel do citricultor é tão relevante, que faz do
país o maior produtor mundial de laranja. Para a safra de 2023/24, o Fundo de
Defesa da Citricultura (Fundecitrus) estima uma produção de 309,34 milhões de caixas de 40,8 quilos no cinturão
citrícola de São Paulo e Triângulo e sudoeste mineiro – principal região
produtora de laranja do mundo.
Dados da Associação Nacional dos Exportadores de
Sucos Cítricos (CitrusBR), mostram que a laranja é a fruta mais cultivada no
país, com 800 mil hectares de plantio e respondendo por 79% do suco de laranja
comercializado no mundo. Ou seja, a cada cinco copos consumidos no
mundo, quase quatro são produzidos em solo brasileiro.
Líder em exportação de suco de laranja
O Brasil também é líder na
exportação mundial de suco de laranja. De acordo com o Instituto de Economia
Agrícola (IEA-APTA), nos primeiros quatro meses do ano o estado de São Paulo
embarcou US$ 682 milhões em suco, dos quais 97,3% são referentes ao de laranja.
A exportação já supera
em 21,2% o registrado no mesmo período do
ano passado. Dentre os mercados de compra, destacam-se União Europeia (74%) e
América do Norte (26%).
Contudo, o diretor da
Efficienza, Fábio Pizzamiglio, alerta que o país deve ficar atento com a
possível queda nesta safra no Triângulo-SP.
“Os dois principais
mercados mundiais de suco estão em queda. Os EUA sofre com as consequências do
furacão Ian e o Brasil com o greening. Isso poderá levar a queda na exportação
de uma das maiores commodities do país”.
Greening em alta
Também conhecido como
huanglongbing (HLB), o greening é uma peste que afeta plantações ao redor do
mundo. No Brasil, a doença é a segunda maior causa de queda de frutos e
recentemente alcançou o maior patamar desde sua identificação.
A projeção de perda para este ano é de 21%. Na avaliação de Pizzamiglio,
isso pode gerar consequências financeiras para o mercado internacional se a
doença não for controlada.
“Nos últimos anos, o mercado de suco brasileiro tem se destacado e disputado espaço internacional em igualdade com gigantes como EUA, China e Índia. Se mantivermos o ritmo de investimentos, aprimorando técnicas agrícolas e tecnológicas, especialmente no manejo e controle de pragas, novos recordes de safra serão batidos”, afirma.
Fotos: Citrus BR
Fonte: Canal Rural