De 05 a 09 de junho,
comemora-se a Semana do Meio Ambiente, período de reflexão sobre as ações
individuais e coletivas pela preservação do ambiente natural, para que se viva
e se produza sem causar impactos negativos. A data também é oportuna para que
se apresente alguns contrapontos a mitos que atingem a cultura do
tabaco.
Entre
eles, a de que a cultura seria responsável por desmatamentos. Segundo a
Associação dos Fumicultores do Brasil, a cobertura florestal média das
propriedades alcança quase um quarto da área, sendo 14% de mata nativa e 8,4%
de plantio florestal para atender às necessidades de lenha e madeira. “O setor
do tabaco já incentiva o plantio de espécies energéticas com o objetivo de
preservar a floresta nativa desde a década de 70”, comenta Iro Schünke,
presidente do SindiTabaco.
Outro
mito está relacionado à erosão do solo para rios e nascentes. Levantamento
realizado pelo SindiTabaco junto às indústrias, aponta que 74% dos produtores
aplicam técnicas conservacionistas como plantio na palha ou cultivo mínimo, o
que é um indicador de preservação das águas, além de proteção ao solo.
Mas
talvez o maior mito ligado à cultura do tabaco seja sobre o uso de
agrotóxicos. A adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP), preconiza
o monitoramento da ocorrência de pragas e há incentivos ao uso de agentes de
controle biológico para manter o uso reduzido de agrotóxicos, que
atualmente é de 1,01 quilo de ingrediente ativo por hectare, número muito
inferior ao de outras culturas de consumo alimentar que chegam a 40 quilos por
hectare.
Ainda
quando o tema é agrotóxico, uma das ações que tem muita relação à preservação
do meio ambiente é o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias, ação
itinerante que realiza a logística reversa das embalagens e encaminhamento para
o destino adequado. Atualmente, 381 municípios são beneficiados com a
iniciativa que, segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens
Vazias (inpEV), liderou a realização dessa modalidade de devolução de
embalagens no ano passado.
MITOS PELO MUNDO – A
Associação Internacional dos Países Produtores de Tabaco (ITGA) também
esclarece sobre o mito de que o cultivo de tabaco é prejudicial para o meio
ambiente. Os dados da entidade mostram que o tabaco cresce em 0,25% das terras
cultivadas do mundo, portanto, o tamanho de sua produção não é uma ameaça em
comparação com muitas outras atividades agrícolas. Para evitar danos ao solo,
que é o principal patrimônio dos pequenos agricultores, há o emprego de
técnicas corretas. Como o tabaco é uma cultura resistente, a quantidade de
fertilizantes e de agrotóxicos é reduzida em comparação com outras
culturas. Por responder bem aos regimes pluviométricos nas áreas onde é
produzido, menos de 15% da produção mundial é cultivada em lavouras irrigadas.
E nos países que usam a lenha na cura do tabaco, os produtores cultivam
espécies específicas para essa finalidade.
Foto:
Junio Nunes
Créditos:
AI SindiTabaco/ Jornal Olá Venâncio