Foto: Emater-RS/ Divulgação
Ainda assim, produção total de grãos é 24% superior à do ciclo passado, porque efeitos da falta de chuva foram menos severos neste ano no Estado
A Emater/RS-Ascar, em parceria com
as secretarias estaduais da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e
Irrigação (Seapi) e do Desenvolvimento Rural (SDR), divulgou na manhã desta
terça-feira (07/03) a atualização da estimativa da Safra de Grãos de Verão
2022/2023, durante o tradicional Café da Manhã para Imprensa, na Expodireto
Cotrijal, em Não-Me-Toque.
Os dados relativos à segunda estimativa da safra
de grãos de verão foram apresentados pelo diretor técnico da Emater/RS,
Claudinei Baldissera, e preveem uma produção de 24,73 milhões de toneladas.
A soja, principal cultura em termos de área e
produção no Estado, nesta safra, estima-se que tenha uma produção de 14,16
milhões de toneladas, em uma área plantada de 6,51 milhões de hectares. O arroz
ocupa uma área de 889,54 mil hectares e, nesta estimativa atual, terá uma
produção de 6,88 milhões de toneladas. O milho, importante cultura para
diferentes atividades produtivas, teve uma área plantada de 810,38 mil e uma
produção de 3,59 milhões de toneladas. O feijão 1ª safra, em uma área de 31,4
mil hectares, alcançou uma produção próxima a 49,55 mil toneladas. Já na 2ª
safra, a estimativa é que o feijão seja cultivado em 20,43 mil hectares e
obtenha uma produção de 28,12 mil toneladas.
Quanto
à produtividade destas culturas, nesta safra de verão 2022/23, a soja apresenta
estimativa de produtividade média no RS de 36,25 sc/ha (2.175 kg/ha). Comparado
à estimativa inicial, que foi de 52,18 sc/ha (3.131 kg/ha), a cultura apresenta
uma redução de produtividade de 30,52%.
A cultura do milho também apresentou uma redução expressiva na produtividade. Com uma estimativa atual de produtividade média de 74 sc/ha (4.440 kg/ha), o milho apresenta uma redução de 39,49%, em decorrência da estimativa inicial, que previa uma produtividade de 122 sc/ha (7.337 kg/ha).
Os
números ainda não são finais e serão mais exatos quando a colheita do ciclo for
encerrada, mas apesar da quebra, o efeito da falta de chuva é menos severo
neste ano se comparado ao ciclo passado: no conjunto das culturas plantadas,
houve aumento de 24% em produção ante a safra 2021/2022.
O
levantamento dos dados foi feito pelos escritórios municipais, sendo revisados
e compilados pelas gerências Técnica (GET) e de Planejamento (GPL) junto aos
regionais.
- A metodologia adotada pela nossa Instituição
tem sido utilizada há muitos anos e tem se mostrado muito assertiva, pois a
estimativa inicial de produtividade é identificada a partir de cálculo de
tendência baseado na média alcançada nos últimos dez anos em cada município do
Estado e a estimativa parcial e final é sobre as informações levantadas a campo
durante o período da safra em cada um dos 497 escritórios municipais da
Instituição - explica Baldissera.
Fonte: Jornal Portal de Notícias