Foto: Joana Berwanger / Sul21 / Reprodução

Trabalhadores da educação defendem que o reajuste seja de 14,95% e inclua aposentados sem paridade e funcionários das escolas

Nesta sexta-feira (3), o CPERS realizou Assembleia Geral com associados de todo o Estado, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre, tendo como pauta a defesa do reajuste salarial de 14,95% para todos os professores, ativos e inativos (com ou sem paridade), concursados, contratados e funcionários das escolas, incluindo terceirizados.

O governador Eduardo Leite apresentou uma proposta de reajuste de 9,45% no piso do magistério, somente para os professores e aposentados com paridade que ganhariam, no mínimo, o novo piso nacional, de R$ 4.420,55 para 40 horas de trabalho semanais. Em votação, a maioria dos associados ao sindicato decidiu rejeitar a proposta, que exclui aposentados sem paridade e funcionários.

O governo do Estado já encaminhou a proposta para a Assembleia Legislativa, na quarta-feira (1º/03). Por isso, os trabalhadores prometem uma mobilização para pressionar o governo em defesa do aumento de 14,95%, que deve acontecer na próxima terça-feira (7/03), em frente ao Palácio Piratini.

- Agora vamos apresentar o resultado da assembleia para o governo e trabalhar em cima da Assembleia Legislativa para que a gente consiga ter aquilo que nós estamos reivindicando: ninguém fora do reajuste. Terça-feira estamos na rua - destacou Helenir Aguiar Schürer, presidente do CPERS.

Ainda na pauta de remuneração, as reivindicações são a transparência na aplicação dos recursos do Fundeb, correção dos valores dos vales refeição e transporte e a inclusão do adicional de insalubridade ou periculosidade para monitores. A entidade também pede a criação de uma política salarial específica para os funcionários de escola.

- Educação não é só prédio, não é somente professores. Educação é um prédio com condições, professores valorizados e funcionários valorizados também. Temos funcionários que matam a fome dos alunos, mas no final da tarde não sabem se terão recurso para matar a fome dos seus filhos -defendeu Helenir.

O Executivo Estadual garante que todos os docentes ganharão, no mínimo, o novo piso nacional, de R$ 4.420,55 para 40 horas de trabalho semanais. Além disso, o salário de entrada para professores com licenciatura plena será de R$ 4.651. Entretanto, o CPERS sempre se manifestou contrário à proposição do governo.

Diante da pressão do sindicato, o governo estadual argumenta que um aumento nos gastos com o funcionalismo público não pode ultrapassar o estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê que os Estados podem gastar somente até 49% de suas receitas com a sua folha de pessoal, o que limita o reajuste.

Com informações do Sul21 e GaúchaZH

Fonte: Jornal Portal de Notícias



Deixe seu Comentário