Foto: Emater Santa Maria
Mais de dois terços do municípios gaúchos já decretaram situação de emergência em função da seca
No Rio Grande do Sul, a
preocupação é com a falta de chuva. Mais de dois terços do municípios gaúchos
já decretaram situação de emergência em função da estiagem. Zonas rurais sofrem
com falta de água para o abastecimento de humanos e animais. Além disso, as
perdas aparecem cada vez mais nas culturas de verão.
Depois de dias de calor
escaldante no último fim de semana fez frio no Rio Grande do Sul, com direito a
geada em pleno fevereiro. Isso, contudo, não aliviou a situação de estiagem.
Conforme a Emater do estado, a soja, o milho e o arroz já registram perdas.
Na soja, por exemplo, 32% da cultura estão no enchimento de grãos e 45%
na floração, que são fases críticas para a produtividade e dependem de umidade.
Na região da Campanha, mesmo a oleaginosa plantada na várzea já tem perdas. Por
cima, ela está verde, mas há muitas plantas secas por
baixo e perdas na casa de 40%.
Na Fronteira Oeste, onde eram
previstos 105 mil hectares, foram plantados somente 96 mil. Na região de Santa
Rosa, a soja plantada mais tarde ainda tem boas chances e o que se vê na
maioria das áreas é irregularidade, com soja boa e soja ruim há poucos
quilômetros uma da outra. Isso porque as chuvas também têm sido bem
irregulares.
Estiagem provoca perdas no milho
e no arroz
Para o milho, a situação é ainda um pouco pior. A falta de chuva atingiu
a fase reprodutiva e rendeu espigas pequenas e mal formadas. A colheita está em
46% no Rio Grande do Sul. As
perdas ultrapassam 50% na média das regiões. No entanto, também
há lavouras plantadas mais tarde — e que ainda têm chance caso chova.
A colheita do arroz foi
aberta oficialmente na semana passada, no tradicional evento realizado na
estação da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, no sul gaúcho. A cultura
está em sua maioria no florescimento e enchimento de grãos. E aqueles
produtores que usam pequenos arroios para irrigação estão em situação mais
crítica. Em Cerro Branco, na região de Santa Maria, por exemplo, 30% das lavouras foram abandonadas por falta de água.
Fonte: Emater-RS/
por Eliza Maliszewski, de Dom Feliciano
(RS)
Canal Rural
Editado
por: Anderson
Scardoelli.