Foto: Felipe Lorensini / Emater
Perdas econômicas alcançam R$ 5,6 bilhões, segundo levantamento da Famurs
A estiagem que atinge o Rio Grande do
Sul afeta 43% dos municípios gaúchos. Até o início da tarde desta
segunda-feira, 30 de janeiro, 215 municípios já haviam decretado situação de
emergência pela baixa incidência de chuva. Desse total, até o momento, 74 foram
homologados pela Defesa Civil Nacional.
Entre os 65 municípios da área de
abrangência da Coordenadoria da Defesa Civil de Frederico Westphalen, 46
decretaram situação de emergência e 28 já estão com os decretos homologados
pela União. Na última sexta-feira, 27 de janeiro, eram 45 o número de
municípios da região em situação de emergência.
Levantamento realizado pela Federação
das Associações dos Municípios do RS (Famurs) com base nos dados informados
pelos municípios no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres S2ID do
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional apontou estimativas de
perdas econômicas que alcançam mais de R$5,6 bilhões, somando perdas na
agropecuária de R$4,3 bilhões e R$1,3 bilhão na pecuária. Embora sejam dados preliminares,
que mudam rapidamente, e que não englobam a totalidade dos municípios que
decretaram situação de emergência, os números apontam o grande impacto
econômico que a estiagem provoca no RS.
A implicação social na vida dos
gaúchos é sentida pela falta de acesso à água. A estimativa atualizada de
gastos dos municípios com transporte de água é de R$10,6 milhões, pleiteados
junto ao governo federal, recurso para ser utilizado para a locação e
abastecimento de caminhões pipa e aquisição de reservatórios de água.
O presidente da Famurs, Paulinho
Salerno, destaca que a Famurs tem buscado agilizar junto ao Estado a
concretização dos convênios do Programa Avançar para a construção de cisternas,
perfuração de poços e abertura de microaçudes nos municípios, que visam reduzir
os efeitos cíclicos que a La Niña impõe aos produtores. Salerno defende que é
preciso “modernizar as políticas públicas de mitigação dos efeitos dos períodos
de estiagem, cada vez mais frequentes e intensos, por meio da criação de uma
plataforma para operacionalizar os programas e de linhas de crédito para
sistemas de reservação de água e irrigação”.
Os dados são monitorados pela Área
Técnica de Agricultura da Famurs com base nos dados informados pelos municípios
ao S2ID e aos órgãos de Defesa Civil, incluindo estimativas de prejuízos diante
da seca.
Com informações da Defesa Civil do RS e
Famurs
Rádio e TV Imigrantes Dom Feliciano
Fonte: Priscila Nhoatto/Grupo Chiru/ Portal In Foco RS