As entidades
representativas dos fumicultores assinaram protocolo com a JTI, no fim da tarde
de hoje (17/01), reajustando a tabela de preço do tabaco da safra 2022/2023 em
30,17%, que é o índice apurado durante o levantamento do custo de produção em
conjunto. Embora não tenha chegado aos percentuais pretendidos pela
representação das entidades, estas entendem que a JTI cumpriu com o protocolo
assinado na safra passada, que estabelecia a reposição do custo de produção e
mantendo o percentual de ganho real acordado na safra passada. O acordo só foi
possível pois as entidades mantiveram um intenso diálogo para o avanço da
negociação.
Apesar
do anúncio positivo para os produtores integrados com a JTI, com as demais
empresas, a representação não conseguiu avanços. As mesmas, apesar do
levantamento do custo de produção em conjunto, na mesa de negociação não
consideram este custo, oferecendo reajuste abaixo dos índices apurados. As
entidades continuam abertas à negociação com as demais empresas. Porém, deixam
claro que o ponto de partida é a variação do custo de produção individual e
mais a adequação nas tabelas das classes que estão defasadas.
A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O segundo encontro para a definição do preço do tabaco para a safra 2022/2023 ocorreu nos dias 16 e 17 de janeiro, na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul/RS. Foram recebidas nove empresas, presencialmente e de forma individual.