O verão é a época perfeita para curtir uma piscina, praia ou rio com a família. Embora a estação mais quente do ano traga sorrisos, diversão e muita água para se refrescar, ela traz, também, alguns perigos. Com a procura maior por locais de lazer que envolvem águas, a possibilidade de ocorrerem afogamentos cresce de forma proporcional. Um exemplo deste problema ocorreu no último domingo, dia 8, quando um jovem de 17 anos, identificado como Tiago Henrique de Moura, faleceu em Sinimbu. Ele se afogou no final da tarde durante um momento de descontração em Linha Salto Rio Pardinho, no interior do município.


Segundo levantamento do 6º Batalhão de Bombeiro Militar do Rio Grande do Sul, em 2022 houve 19 ocorrências de afogamento em Cachoeira do Sul e 13 em Rio Pardo, os dois municípios mais procurados na região pelos turistas, devido às extensas margens de rios disponíveis para banho. Em Santa Cruz do Sul foi registrada uma ocorrência. Em 2023, os dados preliminares indicam que Cachoeira do Sul relatou duas ocorrências, Vale Verde três e Sinimbu uma, justamente a do último domingo. Contudo, estes números, não necessariamente, representam a quantidade real de afogamentos pela região, já que o resgate pode não ser feito pelo Corpo de Bombeiros, mas sim por populares que presenciam o caso e encaminham a vítima ao hospital. Desta forma, a ocorrência é gerada como um atendimento pré-hospitalar, e por não ser atendida pelos bombeiros, não é registrada como caso de afogamento.


De acordo com o 2º Sargento do Corpo de Bombeiros de Vera Cruz, Tarcísio José Haas, a maior parte dos afogamentos ocorre em locais onde não há a presença de salva-vidas. “70% dos óbitos ocorrem em água doce e 60% das mortes de crianças, na faixa de um a nove anos, ocorrem em piscinas”, avalia.


CUIDADOS


Segundo Tarcísio, não é indicado o banho em lugares nos quais não há a presença de salva-vidas. “Deve-se esperar, também, um intervalo de duas horas após refeições. Deve-se evitar entrar na água após a ingestão de bebidas alcoólicas ou o uso de substância psicotrópica”, salienta o sargento. O uso de coletes salva-vidas também é muito necessário, ou outro meio de flutuação. Em casa, as piscinas devem ter um cercamento com grades de pelo menos 1,5 metro de altura, com a tranca dos portões no alto, para evitar que as crianças consigam abrir. Não deve-se utilizar ralos que possam sugar os cabelos, sendo esses um dos principais perigos dentro das piscinas. As crianças que vierem a utilizar estes espaços devem sempre estar sob a supervisão de um adulto.


No caso de rios e lagos, os buracos, galhos e demais armadilhas espalhadas pelo solo são os principais motivos que levam alguém a se afogar. Mesmo que seja um local conhecido pelo turista, a chuva e o clima podem mudar o fundo do rio de um dia para outro.  Assim, torna-se novamente importante conversar e seguir as orientações de um salva-vidas que, geralmente, fará a vistoria destes locais, indicará e delimitará os lugares seguros e inseguros para banho.


Caso, de toda forma, ocorra um afogamento em uma área desprotegida por salva-vidas, deve-se ligar para o Corpo de Bombeiros ou para o Samu, que passará, através dos socorristas, orientações de como tratar a vítima até a chegada do resgate. Caso  o afogado ainda esteja na água, deve-se procurar algum meio flutuante - que pode ser até mesmo um pedaço de madeira - para auxiliar a tirá-lo do rio ou lago. Contudo, não se deve colocar em risco outra vida e o auxílio amador deve ser prestado sempre dentro do limites possíveis de segurança.
Rádio e TV Imigrantes Dom Feliciano 
Fonte e foto: Portal Arauto

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