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08/01/2023 15H48
Reuters/ Adriano Machado/ Direitos reservados/ Agência Brasil
Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro
inconformados com o resultado das eleições invadiram o Congresso Nacional, o
Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A invasão começou após
a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que
estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser
invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois
eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário
da Casa.
Após a
depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo
Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis.
As imagens
mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do
Congresso Nacional usou sprays de
pimenta em uma tentativa sem sucesso de conter os manifestantes que entoavam
palavras de ordem golpistas.
Via redes
sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que "essa absurda
tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer". Ele
acrescentou ter ouvido do governo do Distrito Federal que o efetivo seria reforçado.
"As forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da
Justiça", escreveu o ministro.
Ex-ministro da
Justiça do governo Bolsonaro e atual secretário de Segurança Pública do Governo
do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos,
disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações "providências
imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília".
O ministro-chefe
da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, disse nas redes sociais, que tem
certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga
em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o
resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai ser
tratada com o rigor da lei”.
Presidente do
Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco disse repudiar
"veementemente esses atos antidemocráticos", que, segundo ele,
deverão "sofrer o rigor da lei com urgência". A Polícia Legislativa
também está no local, na tentativa de conter a invasão.
"Conversei
há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha,
com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está
concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a
situação", disse Pacheco.
O presidente da
Câmara publicou nas redes sociais que o Congresso Social jamais negou "voz
a quem queira se manifestar pacificamente". "Mas nunca dará espaço
para a baderna, a destruição e vandalismo." Na postagem, Lira diz que os
responsáveis que "romoveram e acorbetaram esse ataque à democracia
brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na
forma da lei".
"A
democracia pressupõe alternância de poder, divergências de pontos de vista, mas
não admite as cenas deprimentes que o Brasil é supreendido nesse momento.
Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à
Constituição", escreveu Lira.
Matéria atualizada às 17h08 para acréscimo da postagem do
presidente da Câmara Arthur Lira.
Edição:
Fábio Massalli