Polícia Civil divulgou novos desdobramentos do caso nesta sexta-feira (2). Werno Peglow, de 66 anos, foi assassinado na tarde de 22 de junho deste ano. Segundo a investigação, homem sofreu uma tentativa de assalto que resultou em morte

Novos desdobramentos sobre o caso do taxista Werno Peglow, de 66 anos, encontrado carbonizado dentro do próprio carro em junho deste ano, foram trazidos pela Polícia Civil de Camaquã nesta sexta-feira (2).

Através da prisão temporária de uma mulher de 28 anos, no último dia 25, a investigação concluiu que Peglow foi vítima de latrocínio (roubo com morte). Informações preliminares divulgadas pela polícia, em coletiva de imprensa realizada no dia 15 de agosto, apontavam que o taxista tinha sido assassinado em uma emboscada por queima de arquivo. Na ocasião, um casal foi preso por suspeita de autoria do crime. O homem de 28 anos confessou o homicídio e está recolhido no Presídio Estadual de Camaquã. A polícia informou que possui provas contundentes da participação dele na morte de Peglow. Já a mulher de 31 anos havia sido detida temporariamente e também assumiu a participação. Ela foi posta em liberdade após a identificação da verdadeira autora do crime.

A acusada foi presa em Porto Alegre e seria a atual companheira do homem preso.

Ela confessou, em depoimento, que a intenção da dupla era apenas assaltar o taxista. Contudo, o companheiro acabou esfaqueando a vítima. Para se livrar do corpo, atearam fogo no casaco que Peglow vestia. As chamas se espalharam e consumiram o veículo. Os acusados não teriam carregado gasolina para incendiar o táxi como foi dito anteriormente pela polícia. Com isso, está descartada a hipótese de uma terceira pessoa envolvida no caso como suposta mandante do assassinato, assim como a participação da primeira suspeita que havia sido presa.

 A investigação do caso estava sob responsabilidade da delegada regional Vivian Sander Duarte. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a Operação Emboscada, deflagrada em 15 de agosto nos bairros Loteamento das Flores, São Luiz e Getúlio Vargas, no intuito de elucidar o crime.

Embora a mulher tenha confessado o envolvimento na morte, a polícia encontrou inconsistências no depoimento e continuou investigando. As diligências realizadas demonstraram que ela possuía um álibi, confirmando que, na data do crime, a até então suspeita, estava trabalhando. Em razão desses novos elementos, foi solicitada a revogação da prisão temporária da até então suspeita e representada pela prisão temporária da nova investigada.

A verdadeira autora do crime foi encaminhada ao Presídio Feminino de Guaíba. De acordo com informações apuradas pela reportagem do Blog do Juares (BJ News), ela trabalhava nas imediações do ponto de táxi de Peglow, na esquina das ruas Presidente Vargas e Zeca Netto, no centro da cidade.

Segundo a polícia, o casal acionou o serviço de Peglow no início da tarde de 22 de julho, dia do crime. O trajeto feito pela vítima junto dos criminosos iniciou no Posto SIM, na entrada norte da cidade, percorrendo vias da região central, como a Rua Olavo Moraes e a Avenida Sete de Setembro. Em seguida, eles seguiram até a estrada da AUD, na localidade de Banhado do Colégio, zona rural do município, onde o táxi foi encontrado carbonizado por volta das 15h30 daquele dia. A ossada de Werno foi localizada dentro do veículo. Um exame de DNA confirmou a identidade um mês depois do ocorrido.

A família ainda aguarda a liberação dos restos mortais do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para realizar os atos fúnebres. O inquérito policial foi concluído e, agora, o caso tramita no Poder Judiciário. Se a Justiça acatar a tese de latrocínio, os acusados não serão levados ao Tribunal do Júri e sim julgados por um juiz singular. Já a primeira investigada pode responder pelo delito de autoacusação falsa, por ter assumido um crime que não cometeu. 

Fonte: Blog Do Juares

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