Foto: Aeromot/ Divulgação 

Projeto da Aeromot prevê fábrica de aviões, centro de pesquisa e museu a céu aberto no terreno antes destinado à Ford

Está marcada para quinta-feira (23/10) a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do AeroCiti (AeroCentro Integrado de Tecnologia e Inovação), em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O projeto, liderado pela empresa Aeromot, será instalado na área que, na década de 1990, havia sido reservada para a construção de uma fábrica da montadora Ford.

De acordo com o presidente da Aeromot, Guilherme Cunha, as obras têm início previsto para o mesmo dia da cerimônia e a conclusão da primeira fase está estimada para 2027. Essa etapa inicial deve receber investimento de até R$ 300 milhões, dentro de um plano total de R$ 3 bilhões a serem aplicados ao longo dos próximos dez anos.

— Nesta fase inicial teremos a fábrica de aeronaves, a pista de pouso e o centro de pesquisa, voltado ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e à formação de novos talentos — explicou Cunha.

O terreno foi oficialmente concedido pelo governo do Estado no início deste ano. No local serão produzidos os aviões modelo DA62 da Diamond Aircraft, líder no mercado brasileiro de bimotores — fator decisivo para a escolha de Guaíba como sede da nova unidade.

A Aeromot chegou a iniciar a produção em hangares do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, mas o projeto foi interrompido após as enchentes. Atualmente, as encomendas nacionais são fabricadas na Áustria e no Canadá. Com a conclusão da primeira fase, prevista para 2027, a empresa espera iniciar imediatamente a produção local, com meta de até 100 aeronaves por ano.

Além da montagem de aviões, o centro de pesquisa do AeroCiti terá como objetivo o desenvolvimento de um modelo 100% nacional movido a combustível sustentável nos próximos dez anos.

Durante o evento de lançamento, a Aeromot deve anunciar parcerias com universidades e empresas que integrarão o hub de inovação, além de apresentar o projeto finalizado do complexo.

— Entre as atrações, está previsto um museu a céu aberto, dedicado à história da aviação, promovendo a convivência da comunidade com o novo espaço — adiantou o presidente.

Com R$ 50 milhões já investidos em estudos e obras preparatórias, incluindo a revisão das contenções após as cheias de 2024, o projeto consolida-se como um dos maiores empreendimentos industriais e tecnológicos do Estado.

A estrutura, que contará com pista própria, também poderá servir como área de apoio operacional ao Aeroporto Salgado Filho, reforçando o papel estratégico de Guaíba no setor aeronáutico gaúcho.

Fonte: Portal de Notícias