A produção de tabaco na Região Sul do Brasil registrou crescimento de 37% na safra 2024/2025, alcançando 696.435 toneladas e faturamento de R$ 14,17 bilhões, segundo estimativas da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
Esse desempenho positivo é reflexo direto da elevação na produtividade média por hectare, que passou de 1.788 kg/ha para 2.247 kg/ha, um crescimento de 25,7%. A melhoria nos resultados por área plantada revela avanços tecnológicos, maior qualificação no manejo agrícola e também a influência de condições climáticas favoráveis. A área plantada totalizou 309.982 hectares, 9,1% a mais que na safra anterior. O número de famílias envolvidas com o cultivo de tabaco também cresceu, chegando a 138.020, um aumento de 3,6%.
ESTADOS PRODUTORES
Entre os estados produtores, o Paraná se destacou pelo maior crescimento proporcional, com alta de 54,5% no volume produzido, totalizando 220.300 toneladas, e produtividade média de 2.684 kg/ha, a maior da região.
Santa Catarina apresentou desempenho expressivo, com 195.098 toneladas colhidas, aumento de 29,9%, e produtividade média de 2.391 kg/ha. O Rio Grande do Sul, por sua vez, manteve a liderança em volume, com 281.037 toneladas, alta de 27,7%, e produtividade de 2.141 kg/ha.
No recorte por variedade, o Virginia segue como o tipo mais produzido, respondendo por 630.539 toneladas, crescimento de 36,5%,e movimentando R$ 13,02 bilhões. Sua produtividade média foi de 2.276 kg/ha. O Burley registrou 54.624 toneladas, alta de 44,6%, e faturamento de R$ 982,9 milhões. Já o Comum, mesmo com menor representatividade, cresceu 37,5% em volume, alcançando R$ 170,1 milhões, com produtividade de 2.028 kg/ha.
A produção do tabaco Virgínia mobilizou 106,6 mil famílias, no ciclo anterior foram 103,5 mil famílias. O preço médio pago por quilo registrou queda de 12,2% e fechou em R$ 20,65. Na safra 2023/2024 o valor médio foi de R$ 23,52.
Os dados da Região Sul constam no relatório de atividades da última safra, divulgado em julho pela Afubra. Os resultados finais serão publicados pela entidades até o fim de setembro.
Fonte e foto: Olá Jornal