
Foto: Junio Nunes
Entidades representativas se reuniram para definição do calendário de plantio que vai de 01 de maio a 30 de novembro. Janelas de transplante variam de acordo com a região e o tipo de tabaco
Enquanto
a safra 2025/2026 começa a ser planejada pelos produtores de tabaco, as entidades representativas da
cadeia produtiva formaram consenso sobre uma mudança cultural necessária no
campo: a conscientização sobre o calendário de plantio do tabaco. Esse foi um
dos temas discutidos pelo Grupo de Trabalho Qualidade e Inovação,
do Fórum Nacional de Integração da Cadeia Produtiva do Tabaco (Foniagro),
com o objetivo terminar com os plantios fora de época, cuja prática traz
diversas consequências negativas, como proliferação de doenças e pragas.
Participaram do encontro representantes do Sindicato Interestadual da Indústria
do Tabaco (SindiTabaco), de empresas associadas e de entidades representativas
dos produtores de tabaco.
“Alguns
produtores vêm praticando plantios fora de época como forma de arriscar uma
renda adicional, porém acabam prejudicando o solo e a qualidade do tabaco, pois
plantios sucessivos da mesma cultura, na mesma área, podem levar ao aumento de
pragas e doenças. Por isso, a recomendação é para que o produtor realize o
plantio de outra cultura na área ou mesmo o plantio de cobertura para proteção
do solo”, comenta o secretário do Foniagro e assessor da
diretoria do SindiTabaco, Carlos Sehn.
Para
o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, essa é mais uma ação com foco no
fortalecimento do Sistema Integrado de Produção de Tabaco. “Esse é um momento de conscientização dos produtores e os
orientadores terão papel fundamental no campo, levando a informação e as
consequências negativas da prática. A orientação técnica será fundamental para
conscientizar sobre o correto manejo do solo visando o aumento da produtividade
e qualidade das lavouras. É possível que, no futuro, produtores que insistirem
com plantios fora da janela definida não sejam mais registrados pelas empresas”,
comenta o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing.
ESCOLHA DAS SEMENTES – Outra ação
que tem sido reforçada no campo é a conscientização sobre os riscos das
sementes piratas. Por não serem fiscalizadas e não passarem por rigoroso
controle de qualidade e sanidade, podem disseminar pragas e doenças para as
regiões onde o tabaco é produzido. Além disso, impactam negativamente a
produção, seja por prejuízos financeiros ao comprometerem a produtividade e
qualidade, mas também na quebra do contrato de integração e risco de não
comercialização do tabaco. As entidades estão realizando uma campanha sobre o
uso exclusivo de sementes certificadas que passam por um processo rigorosos de
controle de produção, assegurando boas taxas de germinação, resistência e
tolerância a doenças, bem como uma lavoura mais uniforme, com maior qualidade,
produtividade e, por consequência, mais rentável ao produtor.
SOBRE O FONIAGRO – Instituído em 2016, o Fórum Nacional de Integração (Foniagro) é composto pelas entidades representativas dos produtores integrados e das empresas integradoras, e tem por objetivo com definir diretrizes para o acompanhamento e desenvolvimento do sistema de integração e de promover o fortalecimento das relações entre o produtor integrado e o integrador. Fazem parte do Foniagro do Tabaco as Federações de Agricultura dos três Estados do Sul do Brasil (Farsul, Faesc e Faep), as Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag, Fetaesc e Fetaep), a Afubra, o SindiTabaco e empresas associadas.
Fonte:
Assessoria de Imprensa/ Portal Arauto