FOTO: Edilson Rodrigues/Agência Senado
A regulamentação
dos dispositivos para fumar (DEFs) por parte da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) pode significar o incremento de R$ 1,6 bilhão de faturamento
para setor. Os dados apresentados pela Associação Brasileira das Indústrias de
Tabaco (Abifumo) apontam ainda a geração adicional de R$ 132 milhões de renda
para a fumicultura, e 55 mil postos de trabalho na agricultura.
Segundo o representante
da entidade, Lauro Anhezini Junior, a projeção feita pela Federação das
Indústrias de Minas e Energia (Fiemg) demonstra que a regulamentação é benéfica
também ao campo. “A nicotina majoritariamente é extraída da planta do tabaco.
Existe a nicotina sintética sim, existe, agora a nicotina sintética é até oito
vezes mais cara do que a extraída da planta do tabaco. Então, economicamente é
mais compensatório extrair diretamente da planta do tabaco. Então para nós da
BAT e das outras empresas associadas da Abifumo, é natural a gente extrair a
nicotina da planta do tabaco e assim iremos continuar fazendo”, afirma.
PLAYER GLOBAL
Junior destaca que
o Brasil é candidato a novo player global de nicotina. “Para nós, inclusive
para a fumicultura, é muito benéfico a extração como vocação nacional do país
já que é o terceiro maior produtor de tabaco do mundo e o maior exportador
inclusive fazer a extração desta nicotina no Brasil hoje a gente perde para a
Índia em extração de nicotina, porque a Índia faz extração de nicotina para
abastecer o mercado mundial de cigarros eletrônicos e poderíamos fazer essa
extração de nicotina hoje no Brasil em SC, RS e PR e não fazemos porque não
temos uma regulamentação. Então, a gente hoje não consegue fazer os
investimentos necessários aqui no país para capacitar o país para essa
realidade”, avalia.
A declaração de
Junior ocorreu durante audiência pública sobre o tema no Senado, na última
quinta-feira, 28. Foi motivada pelo aumento no consumo que, de acordo com a
última pesquisa IPEC, já resulta em mais de 2 milhões e mais de 6 milhões de
adultos fumantes que experimentaram. A discussão contou com a participação de
especialistas internacionais além de representantes da Anvisa, do Ministério da
Saúde, da Receita Federal, ONGs, senadores e deputados.
Fonte: Jornal Olá
Venâncio