Divulgação / Redes sociais
Ele chegou a ser socorrido, mas infelizmente não resistiu
Um
adolescente de 13 anos, identificado como Pedro, morador de Imbituba, no sul de
Santa Catarina, morreu após participar de uma atividade perigosa conhecida como
"Desafio do Desodorante", popularizada na plataforma de vídeos
TikTok. A competição incentiva jovens a inalarem quantidades perigosas de
aerossol contido em desodorantes.
Este "Desafio do
Desodorante" propõe uma espécie de competição online em que os
participantes tentam inalar o aerossol de desodorantes pelo maior tempo
possível.
O perigo para a saúde é imenso, pois o desodorante
aerossol é feito com substâncias químicas, tais como éter, álcool, gases e
alumínio. A prática frequente pode, inclusive, levar à dependência e provocar
uma lesão direta dos pulmões. A inalação do aerossol pode causar, também,
parada cardíaca por asfixia.
Em busca da audiência a qualquer custo, desafios
perigosos no Youtube e TikTok se transformaram em uma isca para angariar mais
likes e na rede social. Em fevereiro do ano de 2017, um menino cearense de 11
anos teve 40% do corpo queimado após realizar o "desafio do fogo". O
garoto tentou cobrir as mãos de álcool gel e colocar fogo para apagar logo em
seguida. O problema é que a garrafa desse líquido altamente inflamável explodiu
antes de o menino realizar a "façanha".
Outros desafios incluem mastigar pimentas ardidas
ou colocar uma colher cheia de canela em pó na boca e aguentar por alguns
minutos sem beber água. Esse último também oferece risco de asfixia e lesões na
garganta, nas vias respiratórias e no estômago. Nos Estados Unidos, um jovem de
12 anos passou quatro dias internado após realizar o desafio.
A Amazon e o Youtube uniram forças contra o "Tide Pod Challenge", um desafio que estimula jovens a ingerir cápsulas de detergente líquido. A "brincadeira" já fez mais de cem vítimas nos Estados Unidos, 86 apenas nas três primeiras semanas registradas em 2018, segundo a Associação Americana de Centros de Controle de Veneno (AAPCC), sigla em inglês.
Fonte: Matheus Carvalho/ Jornal Razão