Imagens gravadas por testemunhas mostram que denunciado deu diversos golpes e chutes, inclusive na cabeça, além de arrancar um pedaço da orelha da vítima

Um homem de 32 anos foi denunciado por homicídio triplamente qualificado cometido contra Linton Ferreira, de 46, na madrugada de 4 de junho deste ano, em uma rua do bairro Bom Fim, em Porto Alegre. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público na sexta-feira (1º).

A vítima foi atingida por diversos golpes e chutes, inclusive na cabeça, após uma discussão em via pública. A Brigada Militar foi acionada, mas, quando a guarnição chegou ao local, a vítima já estava sem vida. Segundo a família, Linton estava aposentado porque tinha esquizofrenia e também tratava convulsões. A certidão de óbito aponta que ele morreu por “traumatismo cranioencefálico”. A Polícia Civil identificou o suspeito por meio de imagens gravadas pelas testemunhas. Conforme a investigação, Linton estava na região a fim de buscar atendimento no Hospital de Pronto-Socorro (HPS).

As qualificadoras apresentadas pela promotora Lúcia Helena Callegari na peça foram motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com emprego de meio cruel. A promotora explica que o motivo fútil está caracterizado porque as agressões foram motivadas depois de uma discussão banal entre Linton e o acusado por questões de expressões ditas como “capeta” e “diabo”. A qualificadora de meio cruel se justifica pelo fato de o denunciado ter arrancado parte da orelha de Linton, além de desferir chutes violentos contra sua cabeça, mostrando agressividade desmedida e causando sofrimento desnecessário à vítima.

“O ilícito ainda foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, tendo em vista que, mesmo caída, a vítima continuou a ser agredida violentamente pelo ofensor, com inúmeros golpes, sem que pudesse esboçar reação de defesa ou fuga”, finalizou Lúcia Helena.

Foto: Reprodução

 Fonte: Matheus Garcia/Blog do Juares

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