Ao menos nove vítimas foram identificadas pela investigação 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) novamente denunciou um cirurgião plástico por crimes sexuais cometidos contra pacientes em Porto Alegre. A manifestação foi apresentada na última sexta-feira (3) pelo promotor de Justiça Luiz Eduardo Ribeiro de Menezes. O médico é acusado de estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e importunação sexual contra nove mulheres. Segundo o MP, os delitos ocorreram 15 vezes entre 2009 e 2021.

O cirurgião plástico já havia sido denunciado pelo MP-RS em dezembro do ano passado por importunação sexual, coação no curso do processo, corrupção ativa de testemunha, violação de dever inerente à profissão exercida e calamidade pública. Atualmente, ele está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica como medida alternativa à prisão.

De acordo com a última denúncia apresentada, o médico pedia para que as vítimas retirassem toda a roupa para que ele pudesse tocá-las intimamente. Em um dos casos, o acusado elogiou a lingerie da paciente ao dizer que a peça era “linda”. Logo após, a agarrou pelos braços e lhe deu um beijo na boca. De acordo com a vítima, o beijo foi “forte, tocando lábio com lábio”. Em seguida, enquanto o denunciado tentava beijá-la novamente, ela o empurrou e saiu perturbada do local. 

Em outra ocasião, o médico acariciou os seios da vítima de forma maliciosa, além de manipular todo o corpo dela com excitação, enquanto fazia comentários inadequados, referindo que “deveria ser um mulherão quando era mais jovem”. Outra vítima afirmou que o denunciado sentou em uma cadeira e pediu que ela fizesse “um strip-tease sem música”. Uma das mulheres contou que, ao ter seu corpo demarcado, passou a ser apalpada nos seios de forma maldosa. Enquanto isso, o cirurgião plástico encostava o corpo no dela, com o intuito de roçar o pênis ereto nas mãos e pernas da vítima.

O MP entendeu que o homem abusou da autoridade de médico e cometia os abusos com emprego de violência real. O magistrado solicitou também que o acusado seja proibido de exercer a profissão. 

Fonte:Matheus Garcia/Blog Do Juares


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