Pedido foi solicitado pela Polícia Civil para atestar se ele teria ou não condições de responder pelos atos 

O homem de 25 anos, suspeito de assediar uma frentista em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis de Porto Alegre, vai passar por uma avaliação de insanidade mental. O pedido foi solicitado pela Polícia Civil à Justiça nessa terça-feira (24). O caso está sendo investigado como importunação sexual pela delegada Cristiane Ramos, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da Capital. 

A avaliação deve ser realizada por um perito. Segundo a delegada Cristiane, a representação no Poder Judiciário pela instauração de incidente de insanidade mental ocorre para que a polícia tenha certeza se o suspeito é capaz ou não de responder pelos atos. 

O homem já prestou depoimento e alegou para a polícia que passou a mão na vítima para chamar a atenção de que havia deixado doces para ela. A família dele e outras testemunhas também foram ouvidas, além da vítima.

O episódio aconteceu na manhã de 15 de maio, no bairro Lomba do Pinheiro, zona leste da Capital. A mulher, identificada como Marian Damásio, de 22 anos, postou nas redes sociais um vídeo das câmeras de segurança do estabelecimento que registraram o fato. 

Nas imagens, ela aparece sentada em uma das mesas da loja mexendo no celular quando um homem entra e encosta uma das mãos na região íntima dela sem consentimento. Marian reage e passa a golpear o suspeito com tapas e socos na cabeça. O homem cai, mas a frentista segue o agredindo até que ela é contida por um colega de trabalho que sai de trás do balcão do caixa. No entanto, a mulher volta a desferir socos no homem e o encurrala na área onde ficam os freezers. Outros frentistas entram no estabelecimento e retiram o suspeito para fora do local. 

De acordo com Marian, o assediador é um cliente que costumava comprar e distribuir balas entre os frentistas diariamente e que ele teria pedido o telefone dela momentos antes de tentar agarrá-la, mas que ela o ignorou.

Ao procurar a Deam para registrar um boletim de ocorrência, a mulher alegou ter agido em legítima defesa, mas que não estava orgulhosa da atitude. Na postagem que fez, Marian reforçou o pensamento. "Eu não acho certo a atitude que eu tive, eu só postei para alertar as mulheres do meu bairro", escreveu.

Foto: Reprodução / Redes sociais 

Fonte:Matheus Garcia/Blog do Juares

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