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29/04/2022 16H46
O órgão emitiu nota oficial
afirmando respeitar a decisão do júri, mas que não interpreta como justiça em
razão "da brutalidade macabra aplicada na ocasião dos fatos"O
Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) entrou com recurso pedindo a
anulação do julgamento da mulher que foi absolvida após confessar ter dopado e
matado o marido incinerado em Dom Feliciano. O Tribunal do Júri de
Elizamar de Moura Alves, de 36 anos, ocorreu na última quarta-feira (27), no
Fórum da Comarca de Camaquã.
A agricultora foi inocentada das
acusações de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade
ideológica. Em nota oficial, emitida nessa quinta-feira (28), o MPRS alegou que
"respeita a decisão dos jurados, mas considera o veredicto manifestamente
contrário à prova dos autos.” O órgão também defendeu que a decisão do
júri "manifesta preocupação com o precedente da brutalidade macabra
aplicada na ocasião dos fatos, além da descrença na legalidade, o que não pode
ser considerado aceitável ou interpretado como justiça no atual estado de
direito".A audiência foi presidida pelo juiz Daniel de Souza Fleury e
encerrou na noite. Pela acusação estava o promotor público Francisco Saldanha
Lauenstein, enquanto a defesa foi composta pelo trio de advogados Marcos
Antônio Hauser, Mikaela Schuch e Igor Roberto Freitas Garcia. Sete pessoas
compuseram o quadro de jurados do Conselho de Sentença. Por cerca de 13
horas, foram ouvidas três testemunhas de acusação e três de defesa, entre elas,
a filha do casal. A audiência foi presidida pelo juiz Daniel de Souza
Fleury e encerrou na noite. Pela acusação estava o promotor público Francisco
Saldanha Lauenstein, enquanto a defesa foi composta pelo trio de
advogados Marcos Antônio Hauser, Mikaela Schuch e Igor Roberto Freitas
Garcia. Sete pessoas compuseram o quadro de jurados do Conselho de
Sentença. Por cerca de 13 horas, foram ouvidas três testemunhas de
acusação e três de defesa, entre elas, a filha do casal. Houve ainda
o interrogatório da ré, os debates orais, votação e leitura
da sentença pelo juiz Fleury. Por quatro votos a três, os
jurados decidiram pela absolvição. O MP fez uso do direito de recorrer da sentença.
Ao longo da investigação, a Polícia Civil descobriu
que a agricultora havia pesquisado na internet, um dia antes do crime,
sobre como matar uma pessoa utilizando veneno. Elizamar e Erni estiveram juntos
por cerca de 21 anos e tinham dois filhos - um jovem de 21 e uma adolescente de
17 anos.
Fonte: Blog do Juares